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A hipocrisia no cotidiano

Você tem o famoso cartão HipoCard? Essa é uma gíria, uma metáfora que representa contradições entre o que fora dito e prometido para com os fatos do cotidiano. Na sociologia isso pode inclusive ser estudado pelo principal nome: Émile Durkheim, quando ele explora o chamado “fato social”. Pois bem, nessa nossa reflexão de hoje gostaria de convidar você, minha querida leitora, meu caro leitor, a junto a mim refletir sobre tal rótulo, advindo da divergência entre o dito e o executado, entre a promessa e a ação, ou se preferir: a omissão com suas “desculpas esfarrapadas”, você topa vir comigo nessa jornada reflexiva? Ótimo, então demos início a ela.

O termo vem do grego V a.C hypokrinein que era decorrente do papeis de atores e atrizes durante peças de teatro por esses interpretarem personagens que não tinha relação nenhuma com suas vidas, princípios e valores, sendo assim o que eles faziam no palco era visto como hipocrisia, ou seja: fingimento e encenação, era tal como o uso de diferentes máscaras e vestimentas para diferentes personagens. Atualmente uma pessoa rotulada como hipócrita é aquela que diz uma coisa e faz outra, pode ser vista e interpretada como uma pessoa farsante, falsa escondendo o que de fato pensa e como de fato se comporta sozinha, em dados contextos junto de um determinado grupo de pessoas. Você se reconhece nesse perfil? Conhece pessoas que têm tal cartão #HipoCard e que, além de tê-lo, usa-o com enorme freqüência? São posturas de pessoas que dizem algo para impressionar, para conquistar, para seduzir, para persuadir o outro e quando o ato de concretiza, tudo o que fora dito e prometido vai “por água a baixo” (como diria minha saudosa avó Dona Angelina).

Você já ouviu a famosa expressão “Tamu junto! (tmj)? “Se precisar conte comigo, é noix”? Estou particularmente cansado de ouvir isso, já me decepcionei muito com tais promessas advindas de pessoas que juravam de ‘pés juntos’ que eram meus amigos (as). Hoje me dei conta de que é melhor não esperar nada de ninguém e também não devolver na mesma moeda, com ódio, raiva nem rancor, apenas não esperar nada e se algo de bom vier, tal ato fica como uma surpresa positiva e agradável.

Você se decepcionou com quem lhe fez promessas semelhantes a essas que citei? Se me permitir, vou além, assim como já me decepcionei com as promessas falsas também já me surpreendi com quem sequer me prometia nada, com quem sequer se demonstrava próxima de mim e na hora H, na hora que mais precisei, ela estava lá! Isso sim é que é surpreendente! Quem menos você espera lhe ajudar na hora que você mais precisa, nossa, chega a dar vergonha por conta do menosprezo e falta de atenção que não se dava a tal pessoa. #HipoCard, o cartão dos que mais falam e menos fazem, utilizado por aquelas pessoas que fazem personagens, tal como “a clássica cena do político que em épocas de eleição vai à feira comer pastel…” Mas não é só na política que isso ocorre, isso pode ocorrer em relacionamentos amorosos, em emprego, pelo contratante, pelo interessado no emprego, nas mídias, em áreas de vendas em geral e por aí vai… Por isso que, nesses mais de 5 anos sendo colunista aqui no Jornal Terceira Visão, eu jamais dei fórmulas prontas típicas da Auto-Ajuda, jamais disse que tinha determinado caráter, determinada postura e filosofia de vida, muito pelo contrário, meu papel aqui é lhe provocar, lhe estimular a refletir sobre os hábitos que você têm em sua vida e os resultados que obtém a partir deles. Como diria uma pessoa que estimo muito acerca da humildade: “- Eu sou apenas mais um na fila do pão!“

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