Apesar de rara, doença tem mais de 95% de chance de cura se descoberta no início
Dentre os tipos de câncer que mais afetam a população do gênero masculino, certamente o de próstata figura entre os mais lembrados. Contudo, ainda poucas são as menções a um outro tipo de tumor que, apesar de menos incidente, responde por cerca de 5% de todos os tumores malignos detectados entre eles – e em sua grande maioria atinge os mais jovens: o câncer de testículo.
Esse tipo de neoplasia afeta de forma mais frequente homens com idades entre 15 e 34 anos. Nessa fase, segundo dados do Ministério da Saúde, existe a chance de o tumor ser confundido, ou até mesmo mascarado, por um processo inflamatório ou infeccioso envolvendo o testículo.
Especialistas apontam, que é comum que a descoberta do tumor aconteça durante a higiene com aumento do volume do testículo ou nódulo geralmente indolor, por isso o autoexame na região é a melhor forma de garantir a detecção de qualquer alteração.
Entre os sinais mais comuns da doença estão: o aumento ou a diminuição do testículo e o aparecimento de um nódulo duro que, na maioria das vezes, não provoca dor. Pode-se notar ainda a sensação de um peso ou dor na região abdominal. Esses achados podem ser percebidos após trauma local, ainda que não haja uma relação de causa-consequência estabelecida entre esses fatores.
Quando se fala sobre câncer masculino é natural que as pessoas relacionem o termo apenas à ocorrência de tumores da próstata, principalmente por conta das campanhas globais de conscientização, como o Novembro Azul. Apesar disso, é fundamental que as pessoas passem a conversar também sobre outros tipos de tumores que afetam exclusivamente o gênero masculino, como é o caso do câncer de testículo e do pênis.
Mesmo que o nódulo seja pequeno, o tratamento costuma ser sempre cirúrgico, optando pela retirada para análise anatomopatológica ao microscópio. Após a cirurgia, pode existir ainda um tratamento posterior com quimioterapia, radioterapia ou até mesmo o seguimento clínico com exames.
Especialistas salientam, que o câncer de testículo é altamente curável. Com o tratamento precoce, as chances de cura podem chegar a mais de 95%. O maior risco de recidiva da doença está nos primeiros 2 a 3 anos do diagnóstico, embora o acompanhamento próximo se mantenha ao longo dos primeiros 5 anos.