População e a irmandade expressaram grande indignação com a situação
Na noite de terça-feira (11), um vídeo alarmante recebido pelo Jornal Terceira Visão expôs uma situação inaceitável na Santa Casa de Misericórdia de Valinhos: quartos e corredores inundados pela forte chuva que atingiu a cidade. As imagens, que mostram pacientes internados com a água caindo do teto, geraram indignação nas redes sociais, expondo falhas graves na infraestrutura do hospital.
De acordo com um funcionário da Santa Casa, a instituição recebeu emendas parlamentares para a troca do telhado, mas as calhas, completamente deterioradas, não foram substituídas. “Não houve verba suficiente para trocar as calhas”, relatou o funcionário, em uma explicação que apenas agravou o descontentamento. O problema, aliás, não é novo: esta não é a primeira vez que o hospital enfrenta alagamentos.
O vídeo que circulou amplamente nas redes sociais mostrou pacientes assustados enquanto os funcionários tentavam proteger os leitos da água. A indignação foi enorme, principalmente por tratar-se de uma unidade de referência no SUS que recebe verba pública. A falta de estrutura básica de segurança nos hospitais públicos é algo inadmissível para a população, especialmente em uma situação de vulnerabilidade como a de um paciente internado.
O perigo, além da água, estava na possibilidade de uma pane elétrica durante o alagamento, além do risco de quedas com o chão inundado. A situação se tornou um verdadeiro pesadelo para aqueles que buscaram na Santa Casa o cuidado e a segurança necessários.
A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria de Comunicação, esclareceu que a Santa Casa é uma instituição privada com personalidade jurídica própria, e que a responsabilidade pela manutenção de sua estrutura cabe à gestão do hospital. A Vigilância Sanitária, no entanto, realizou uma vistoria técnica no dia 12 para apurar as causas do ocorrido. A Santa Casa informou, para vigilância, que está realizando reparos nas calhas, com 60% da obra concluída, e que a área afetada será incluída no cronograma de manutenção.
A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Santa Casa, mas não obteve respostas sobre o ocorrido, deixando questões em aberto, como o número de pacientes afetados e as medidas de emergência adotadas.
Além disso, membros da irmandade, que há anos auxiliam de forma voluntária na gestão do hospital, revelaram ao JTV que estão sendo excluídos das decisões e tomadas de ação. “Sempre estivemos prontos para ajudar, mas agora estão nos deixando de lado”, afirmou um dos membros, que preferiu não ser identificado. A exclusão da irmandade nas questões de gestão e a falta de transparência nas ações têm gerado ainda mais preocupação, principalmente sobre a administração.
A população e a irmandade expressaram grande indignação com a situação. A administração da Santa Casa deve agir com urgência para evitar que incidentes como este se repitam, garantindo a segurança dos pacientes e a confiança da população, além de restabelecer a transparência na gestão da instituição.









