News

Artista plástico Anderson Vicentini retrata a essência valinhense com sensibilidade e crítica social

Fonte de inspiração de Anderson reside nas pessoas comuns, nos trabalhadores e oprimidos, refletindo seu compromisso com questões sociais e raciais

Gabriel Previtale

Com 43 anos de idade e residindo no Parque das Colinas, em Valinhos, Anderson Vicentini é um nome importante no cenário das artes plásticas da cidade. Professor de Arte e Artista Plástico, sua jornada rumo à expressão artística começou de forma inesperada, revelando uma paixão que moldaria sua vida profissional.

“Eu sempre gostei muito de artes plásticas, mas nunca imaginei que isso poderia se tornar a minha profissão e meu trabalho”, confessa Anderson. Anteriormente envolvido no comércio local, sua trajetória tomou um novo rumo quando a oportunidade de cursar Arte surgiu. O ambiente acadêmico, repleto de inspiração e troca de ideias, solidificou sua decisão de abraçar a arte como vocação.

A fonte de inspiração de Anderson reside nas pessoas comuns, nos trabalhadores e oprimidos, refletindo seu compromisso com questões sociais e raciais. “A minha função social como artista é trazer para as telas aquilo que, de uma maneira geral, não costuma ser retratado”, explica ele. Em suas obras, Anderson busca despertar um olhar crítico sobre a realidade concreta do povo trabalhador valinhense.

Apesar de Valinhos ter um valioso grupo de talentos artísticos, Anderson observa uma carência de espaços e oportunidades para os artistas locais

Apesar de Valinhos ter um valioso grupo de talentos artísticos, Anderson observa uma carência de espaços e oportunidades para os artistas locais. “Falta incentivo, falta oportunidade e falta encarar o artista como trabalhador”, ressalta ele. No entanto, isso não o impediu de expandir seu alcance, participando de projetos notáveis, como o Álbum de Figurinhas dos Artistas de Valinhos e a exposição “Afrô da pele” em Indaiatuba.

Atualmente, Anderson está imerso em um projeto empolgante em colaboração com o fotógrafo Tomás Cajueiro, que combina o trabalho fotográfico deste último na Nigéria com as pinturas aquareladas de Anderson. A exposição resultante será uma fusão cativante de sensibilidade e crítica social, prometendo uma experiência memorável para o público.

Entre seus projetos marcantes, Anderson destaca a iniciativa “Fazendo o que der na telha”, onde artistas pintaram telhas para arrecadar fundos para a cobertura da Santa Casa de Valinhos. Suas pinturas nesta ocasião retrataram a mulher preta valinhense em diferentes funções sociais, honrando a diversidade e a importância da comunidade local.

Com uma paleta vibrante e uma mensagem poderosa, Anderson Vicentini continua a moldar o cenário artístico de Valinhos, enriquecendo-o com sua visão única e compromisso com a justiça social. Sua arte não apenas adorna as paredes, mas também ressoa nos corações e mentes daqueles que têm o privilégio de contemplá-la.

Leia anterior

O antigo campo do CAV no Centro

Leia a seguir

Luiz Miguel, aos 7 anos, já é um pequeno craque no futsal e society