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Café e trabalho (parte 2/2)

Processo histórico da região envolveu café, mão de obra escravizada, ferrovia e imigração europeia

Por Bruno Marques

Continuando com o mais recente tema desta seção de história de Valinhos, iniciada na última edição, retomamos o contexto do protagonismo que o município, na época ainda parte de Campinas, teve na década de 1870, com a pujante produção de café às custas do trabalho de mão de obra escravizada, para o enriquecimento dos grandes barões da época.

Com a abolição da escravidão, em 1888, e a vinda maciça de imigrantes europeus, o cenário da região passaria por profundas transformações sociais que determinariam os rumos do seu desenvolvimento.

De acordo com pesquisa da Associação de Preservação Histórica de Valinhos, dentro do primeiro fluxo imigratório para a região, vieram famílias como os Von Zuben e Sigrist, no fim do século XIX, que adquiriram terras onde viria a se formar o município de Valinhos. A eles se somaram, a partir de 1888, imigrantes que, na maioria, eram italianos, e passavam dificuldades em seus países de origem.

A vinda gerou desenvolvimento para a então Vila de Valinhos, que passou a ter comércios, pequenas indústrias e com diversificação na agricultura que, até então, era amplamente dominada pelo café. Aos poucos, as famílias imigrantes conseguiram adquirir partes das terras em que trabalhavam, e daí vieram outras produções, como o figo roxo.

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