A fascinante ligação entre a dança e a música é o que cativou e envolveu a professora nessa jornada
Aos 35 anos, Carolina Cunha, é monitora cultural de sapateado americano e professora de arte em Valinhos. Com uma formação em Licenciatura em Dança pela Faculdade Paulista de Artes, Carolina compartilha sua trajetória inspiradora e sua paixão pelo sapateado.
“O sapateado entrou na minha vida aos 6 anos, quando minha avó me levou para ver uma aula na Academia Developpê, em Registro (SP)”, revela Carolina. Desde então, ela se apaixonou pela arte percussiva dos sapatos e não olhou para trás.
Sua carreira no sapateado é marcada por momentos de desafio e superação. Começando como aluna, Carolina logo se encontrou do outro lado da sala de aula, dando aulas em projetos sociais e grupos de dança universitários. Sua transição da faculdade de Direito para a Licenciatura em Dança foi um passo corajoso, mas essencial para seguir sua verdadeira paixão.
Ao explicar sua motivação para ensinar sapateado, a entrevistada destaca a conexão única entre dança e música que essa modalidade oferece. “O sapateado é uma dança percussiva, ou seja, quem está dançando também está fazendo música com os pés ao mesmo tempo.”, diz ela, compartilhando sua admiração pela arte. Assim, aciona diferentes áreas do cérebro, contribuindo para um amplo desenvolvimento da musicalidade, percepção rítmica, agilidade, coordenação motora, lateralidade, equilíbrio, concentração, capacidade cardiorrespiratória, fortalecimento muscular e das articulações, explica a professora.
Os benefícios físicos e mentais do sapateado são inegáveis. Além de fortalecer os músculos e articulações, a dança percussiva desenvolve a coordenação motora, a concentração e a musicalidade dos alunos. “Além de promover bem-estar pela liberação de neurotransmissores como endorfina, serotonina e dopamina. O que eu mais gosto no sapateado é o fato de dançar e fazer música ao mesmo tempo, é muito gostoso criar combinações sonoras com movimentos de dança.”, afirma Carolina.
No entanto, a professora reconhece os desafios que os alunos enfrentam ao aprender sapateado, desde a coordenação motora até a concentração nos sons e movimentos. “Esse processo é único pra cada pessoa e por isso minha estratégia é ter um olhar individualizado para os alunos, percebendo suas necessidades e habilidades, incentivando a colaboração entre os alunos e a atenção de uns aos outros, assim cada um consegue ir superando suas dificuldades sem receio de “ficar pra trás” e consegue se desenvolver tecnicamente”, diz a monitora.
Quanto aos pré-requisitos para participar das aulas de sapateado, Carolina enfatiza que a dança é acessível a todos, independentemente do nível de experiência. Ela espera receber alunos com diferentes habilidades e está pronta para adaptar suas aulas conforme necessário.
Para os pais ou responsáveis dos alunos, a entrevistada oferece recomendações simples, como garantir que os alunos usem sapatos apropriados para sapateado e incentivá-los a praticar outras atividades físicas para melhorar seu condicionamento.