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Casados há 69 anos, Sebastião e Darci convivem há sete anos com o Alzheimer da esposa

Dia 1º de fevereiro marca o início da campanha Fevereiro Roxo, mês de conscientização e combate ao Alzheimer. Em entrevista concedida ao JTV, Sebastião Maria, de 84 anos, casado há 69 anos com a valinhense Darci Maria Donadelli Maria, também de 84, contou sobre os desafios diários para cuidar da esposa, diagnosticada com Alzheimer há sete anos.

Sebastião nasceu em São Carlos, porém é cidadão honorário de Valinhos, título concedido em razão dos serviços prestados à comunidade. Entre outros cargos públicos, Sebastião foi chefe de gabinete na Prefeitura. Além disso, trabalhou durante 42 anos na Rigesa.

O Alzheimer, doença mais comum em pessoas com mais de 65 anos, afeta não apenas os portadores, mas também os familiares. De acordo com Sebastião, se alguns cuidados não forem observados, a doença “tem o poder de destruir não só o portador, como também, gradativamente, as pessoas que cuidam”.

No início da doença, Sebastião sentiu “um impacto negativo avassalador”. Além da recusa em aceitar que a esposa estava doente, Sebastião e Darci sofreram com os sintomas, por “várias vezes foi necessária hospitalização por alteração da pressão arterial”.

Com o passar do tempo, Sebastião aprendeu a prestar atenção no que “funcionava e não funcionava”. Colocando a experiência em prática, “a convivência foi ficando um pouco mais tolerável”. Para lidar com as dificuldades diárias da doença, Sebastião procura levar a esposa para eventos com música e pessoas alegres, principalmente samba, que Darci adora.

Os passeios e situações descontraídas ajudam o casal e podem ajudar outras pessoas também. Segundo Sebastião, “deve-se também procurar exercitar terapias que melhor se adapte ao gosto do portador”. Outra dica é banir a palavrão “não” do dicionário, “a pessoa portadora de Alzheimer não pode ser contrariada”.

No caso de rejeição a atividades como banho, troca de roupa, alimentação, tomar medicamento, “o caminho que funciona é a demonstração de afeto, o amor. Nunca a imposição ou o enfrentamento”. No fim, o aprendizado que fica é que a família precisa “ir descobrindo quais as atividades que o portador mais gosta e incentivar”.

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