Por Gérsio Pelegatti
Com a distante presença do poder público na construção de políticas que ampliassem a cidadania da população do Distrito valinhense e ajudassem no desenvolvimento da organização e escoamento da produção frutífera local, então, o novo vigário, Bruno Nardini ocupou o vácuo institucional público. No final da década de 30 do século XX, ele traçou uma estratégia paralela de ajuda aos produtores da fruticultura, conjugada àquela que colaborava com as obras da nova Matriz de São Sebastião.
Já são 86 anos de existência, e o que foi uma quermesse saltou para a Festa do Figo, um evento de grande público. E o centenário figo roxo Valinhos e sua cultura, estrela principal da festa, ainda carecem de se tornarem patrimônio material e imaterial na nossa cidade, a nossa identidade.
Hoje, a Festa do Figo deve ser mais uma opção festiva para nós valinhenses, e depois um evento de abrangência estadual, quiçá, nacional.
Nos últimos anos nos tornamos reféns da lógica “dos grandes shows”. E a cidade vem consumindo aquilo que é organizado para gerar lucro empresarial, nada de errado, uma vez que a organização deste evento está circunscrita a esse novo modelo acordado. Porém, ela oferece menos cultura e lazer para a população local. E assim perdemos a nossa identidade, passando por um processo de massificação.
Caso houvesse uma agenda cultural centralizada e itinerante para a cidade durante todo os anos, com eventos musicais de toda ordem, teatro, dança, literatura, folclore, museus, história, exposição das diferentes formas da expressão artística, é bem provável que a Festa do Figo seria algo a mais nas nossas opções de lazer e diversão.
Vistos com uma visão curta, o horizonte fica distante para nosso crescimento humano e do intelecto. Então, a massificação que nos distancia de sermos a parcela mais importante.