

Mesmo com o ano marcado pela seca e pela irregularidade das precipitações, outubro terminou acima da média histórica em Campinas, com 124 milímetros de chuva acumulados — volume superior à expectativa de 115 mm para o mês. O índice foi impulsionado pelas fortes pancadas registradas nos últimos três dias do mês, que somaram 83 milímetros e garantiram o segundo melhor desempenho pluviométrico de 2025.
Antes de outubro, apenas abril havia superado a média esperada, com 133 mm registrados, mais que o dobro dos 61 mm habituais. Nos demais meses do ano, as chuvas ficaram abaixo ou muito abaixo do previsto, refletindo o comportamento irregular do regime de precipitações em todo o Estado de São Paulo.
Apesar do bom volume recente, o Sistema Cantareira, principal responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de Campinas e da Grande São Paulo, voltou a registrar queda no nível de armazenamento. O índice passou de 27,9% em 1º de outubro para 23,4% no fim do mês, uma redução de 4,5 pontos percentuais.
Especialistas alertam que, mesmo com o retorno das chuvas, o Cantareira ainda depende de um período prolongado de precipitações consistentes para se recuperar. O comportamento do clima nos próximos meses será determinante para saber se o sistema voltará a um patamar de segurança hídrica antes do verão.
Em Valinhos, porém, a situação é tranquila. Segundo o Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV), os reservatórios do município estão com 100% da capacidade, e não há risco de desabastecimento no momento.
O órgão reforça, no entanto, a importância do uso consciente da água, especialmente diante do cenário de instabilidade hídrica no Estado. Mesmo com os reservatórios cheios, o DAEV destaca que a colaboração da população é essencial para manter o equilíbrio e evitar desperdícios nos próximos meses.
Quer saber as últimas notícias de Valinhos, siga o nosso Instagram: https://www.instagram.com/jornalterceiravisao/