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Concessionária RUMO Logística perde o rumo e obra do viaduto não acontece

Conversas se iniciaram no final de 2020 e à época a empresa deveria cumprir compromissos até o final de 2022

No dia 29 de outubro de 2020, representantes da Rumo Logística estiveram na prefeitura de Valinhos para atender demandas solicitadas, tais como roçadas na linha, passagens em nível, o túnel da Vila Santana, entre elas. Neste encontro entrou em pauta o chamado “caderno de obrigações” que a empresa teria que cumprir até o final de 2022, por conta de sua concessão para uso dos trilhos ter sido aumentada para 30 anos. Dentre as obras que constavam deste documento estavam as obras que seriam feitas em Valinhos.

Segundo o plano de obras apresentado em 2020, seria construído um viaduto de quatro faixas de rolamento com iluminação, sobre a linha férrea do Jd. Bom Retiro que perpassaria até a Av. Paulista e, por conta dessa obra, seriam necessárias adequações viárias nas ruas ao entorno.

Os endereços que passariam pela adequação viária em Valinhos são: Rua Treze de Maio; Av. Paulista; Rua São Carlos; Rua João Bissoto Filho e Rua Luis Bissoto, com verba R$20.101.995,71 totalizando os investimentos e reformas na cidade.

O Jornal Terceira Visão questionou em junho de 2022 a concessionária sobre as obras do viaduto, os prazos, transporte de passageiros e as moradias no entorno da linha férrea. À época, a RUMO respondeu em nota:

“A concessionária informa que no início deste mês foram realizados os serviços de sondagem de solo em Valinhos (SP). O resultado da análise será utilizado para elaboração do projeto executivo referente as obras para construção do viaduto rodoviário entre a Rua Antônio Luís Gabetta e a Avenida Paulista. O detalhamento e cronograma dos trabalhos ainda serão definidos pela Companhia.

A respeito do transporte de passageiros na região, a Rumo esclarece que apoia os projetos que visam a harmonização das operações de carga e passageiros, no entanto, esclarece que sua área de atuação é voltada exclusivamente para o transporte ferroviário de carga, não operando, seja regular ou eventualmente, o transporte de passageiros. A empresa não se contrapõe as solicitações para que um VLT possa operar no seu trecho de concessão, desde que todas as normas/legislações aplicáveis sejam seguidas. É importante destacar ainda que a circulação de trens para esses fins só pode ser feita com autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)”.

Questionamos novamente em 09 de agosto e a resposta da concessionária, que disse em nota “que estão sendo realizados os estudos de compatibilidade do projeto do viaduto de Valinhos (SP) com o Trem Intercidades. A etapa demanda uma análise criteriosa para a definição do projeto executivo da obra”.

Voltamos a questionar em fevereiro de 2023 e a empresa deu a mesma resposta dada em agosto, sem trocar sequer uma vírgula de lugar.

Ou seja, pode-se concluir que não “andou” o projeto do viaduto e a população de Valinhos, mais uma vez, ficará “a ver navios” ou “a ver trens”.

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