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Delegado pede reforço no efetivo da DDM

Em tom de desabafo, o Dr. Júlio César Brugnoli concedeu uma entrevista ao Jornal Terceira Visão na última semana. Delegado da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) há três anos, ele se queixou do baixo efetivo de funcionários.

“Sofremos um abandono por parte do governo estadual e do municipal. Na DDM temos apenas três profissionais. Há três anos tínhamos oito”, lamentou o delegado.

Prejuízo às mulheres e sociedade em geral

De acordo com o Dr. Júlio, que garante fazer incessantes pedidos às autoridades, essa defasagem prejudica o atendimento às mulheres e à população em geral.

“Acabamos tendo que fechar a delegacia da mulher por alguns momentos porque ficamos sem efetivo. Gostaria que a municipalidade tivesse um olhar mais cuidadoso para a Delegacia da Mulher”, pediu.

Atendimento diferenciado

Dr. Júlio reiterou a realidade da condição em que se encontra a DDM: “Estamos abandonados na área de pessoal. Temos viaturas, temos um bom prédio, mas, urgentemente, falta gente, material humano para trabalhar em prol das mulheres do nosso município”. Se o poder público quer atender as mulheres desfavorecidas, neste mês delas, a hora é agora.

O delegado afirma que, com o que a DDM tem, garantem “um olhar mais humano e mais sério pelas condições que chegam até nós”.

“Não recebemos o que precisamos. Não temos sequer resposta. É um descaso afrontoso. Faz três anos que peço uma funcionária mulher. Fazemos trabalho baseado no direito, na legislação, com muito respeito, acolhimento, ouvindo de forma humanizada e sem julgamento. Mas falta vontade política”, disse.

Operação Átria

Em cumprimento de nove mandatos em aberto por violência doméstica contra mulheres, dentre as condenações, há casos de lesão corporal, ameaça e estupro, Dr. Júlio explicou: “Esse tipo de violência tem aumentado não só em Valinhos, mas no Brasil de um modo geral. Pessoas estão cada vez mais estressadas, bastante ansiosas, em que se quer tudo pra ontem e com insatisfações”.

Por fim, o delegado da DDM ponderou que, ainda assim, “nossos índices estão mais baixos do que o de Vinhedo e Valinhos é considerada a terceira cidade mais segura do país”.

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