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Dom Nery abrigou órfãos da epidemia de febre amarela

Bispo se destacou com grandes realizações paroquiais entre o fim do século XIX e início do seguinte

Por Bruno Marques

João Batista Corrêa Nery nasceu em Campinas, na rua Conceição, no dia 6 de outubro de 1863. Filho de Benedicto Corrêa de Moraes e de Maria do Carmo Nery, ingressou no seminário de São Paulo em 1880. Aos 17 anos, revelou dotes pelo teatro, escrevendo o drama “Pai e Filho”. A sensibilidade artística o distinguiu durante toda a vida e fez dele, já nos tempos de seminário, um grande orador.

Foi ordenado padre em 11 de abril de 1886, aos 22 anos. Dez anos mais tarde, recebeu o título de bispo em Roma. Seu paroquinato aconteceu durante a terrível epidemia de febre amarela, que assolou Campinas no fim do século XIX. Planejou a realização de um estabelecimento para abrigar os órfãos e educá-los.

Em 1908, assumiu a diocese de Campinas. Dom Nery morreu aos 57 anos, vítima de um tumor no fígado, em 1° de fevereiro de 1920. Foi sepultado na Catedral de Campinas. Seu lema era Spiritus Domini Ductor (Latim: O Espírito do Senhor me Conduz).

E, falando em conduz, geograficamente, a Avenida Dom Nery é que conduz o trânsito de quem vem e vai para Campinas, da altura do Clube Atlético Valinhense até a Rua Campos Sales, o próximo que contaremos a história.

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