Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificaram pela primeira vez no Brasil uma cepa do parasita Leishmania amazonensis resistente à anfotericina B, principal medicamento usado no tratamento da leishmaniose. A variante foi encontrada em um paciente do Maranhão, que não respondia ao tratamento convencional.
O estudo alerta para a circulação de cepas resistentes em áreas endêmicas, embora não indique um aumento na gravidade ou na incidência da doença. O paciente, de 46 anos, foi tratado com outro medicamento, a pentamidina, com sucesso.
A descoberta destaca a importância de diversificar as opções de tratamento, já que a anfotericina B, de alto custo e usada em casos graves, enfrenta limitações. Os pesquisadores afirmam que, embora a cepa resistente não tenha mostrado resistência a outros fármacos testados, a situação exige atenção devido ao potencial impacto em outras pessoas na mesma região endêmica.