Dentre as medidas, destaca-se a revisão dos cadastros do Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada e do auxílio-doença, com uma previsão de economia que pode alcançar R$ 26 bilhões
O governo anunciou, nesta quarta-feira (28), uma série de medidas voltadas a conter o aumento das despesas, com o intuito de evitar um possível colapso do novo arcabouço fiscal nos próximos anos. Entre as principais ações, previstas para impactar em 2025, está a revisão de cadastros, uma iniciativa já mencionada anteriormente. O objetivo dessa revisão é garantir que os benefícios sejam pagos apenas a quem realmente tem direito, reduzindo, assim, o número de fraudes.
Estão sendo analisados os registros de beneficiários do Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), do auxílio-doença, entre outros. De acordo com estimativas da equipe econômica, essa revisão pode gerar uma economia de R$ 19,2 bilhões em 2025.
Questionado sobre a incerteza das projeções, o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Sergio Firpo, afirmou que qualquer projeção envolve certo grau de incerteza.
Em junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia antecipado que R$ 26 bilhões em despesas seriam cortados em 2025, mas os detalhes dessas medidas foram apresentados apenas nesta quarta-feira. Para alcançar a economia mencionada pelo ministro, a equipe econômica informou que haverá uma “realocação” de recursos no orçamento de 2025.