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Uma nova prática tem chamado a atenção de moradores e autoridades na região de Campinas, Valinhos e região: as “guerras” com bolinhas de gel. Organizadas em ruas de bairros por grupos de jogadores (crianças, adolescentes e até adultos), essas batalhas utilizam armas de brinquedo que disparam pequenas bolinhas de gel biodegradáveis. Embora as regras sejam claras – como não agredir fisicamente outros participantes e sair do jogo quando a munição acaba – as autoridades enxergam a prática como perigosa.
As partidas estão se popularizando e acontecem também em Valinhos, já em Campinas, por exemplo, uma das últimas “guerrinhas” reunião 92 pessoas. No Tiktok postagens indicam como aumentar a força do tiro dessas armas, assim como usar materiais mais resistentes como bolinhas de gude, o que obviamente, podem causar ferimentos.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) alertou sobre os riscos dessa brincadeira, que pode provocar acidentes de trânsito, causar ferimentos e, em casos mais graves, ser confundida com situações envolvendo armas de fogo reais. Em um episódio na capital paulista, a Polícia Militar deteve 18 pessoas durante um evento semelhante.
Um dos atrativos da prática, segundo os jogadores, é a oportunidade de reunir pessoas de diferentes idades para brincar ao ar livre, longe de dispositivos eletrônicos. As partidas são organizadas principalmente por meio de grupos de WhatsApp, com membros de diversas regiões da cidade. Isso faz com que os encontros aconteçam em locais variados, o que dificulta a fiscalização.
O aumento da popularidade das “guerras” de bolinhas de gel também fez disparar o preço dos equipamentos. Inicialmente, as armas de brinquedo custavam em torno de R$ 100 a R$ 150, mas hoje o modelo mais simples já custa cerca de R$ 280, podendo chegar até R$ 700.
Embora os jogadores argumentem que os equipamentos são visivelmente diferentes de armas reais, a venda de réplicas de armas é proibida pelo Estatuto do Desarmamento, segundo a SSP-SP.