Escalada no uso de drones e mísseis causa dezenas de mortes, enquanto Rússia afirma trabalhar em memorando de paz e Ucrânia pede mais sanções
O conflito entre Rússia e Ucrânia se intensificou nos últimos dias com ataques aéreos em larga escala de ambos os lados. Segundo o Ministério da Defesa russo, a Ucrânia teria intensificado os bombardeios para “interromper o processo de negociação”. Em resposta, Moscou lançou ataques massivos com drones e mísseis, resultando em mortes de civis — incluindo crianças.
Na última noite, a Rússia afirma ter abatido 99 drones ucranianos, enquanto lançou 60 drones contra a Ucrânia, deixando feridos e vítimas fatais, conforme autoridades de Kiev. Apenas entre os dias 24 e 26 de maio, a Rússia realizou três ofensivas aéreas intensas. Na noite de domingo, a Ucrânia registrou o lançamento de 355 drones, com 13 mortos confirmados.
Zelensky pede sanções e reforça defesas
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky alertou que o inimigo se prepara para novas ofensivas terrestres e reforçou os sistemas de defesa aérea. Ele também anunciou o aumento da produção de drones de interceptação e busca por financiamento adicional com parceiros internacionais.
Zelensky ainda pediu novas sanções contra a Rússia e mais apoio da comunidade internacional para forçar um cessar-fogo de pelo menos 30 dias. Segundo ele, Putin não demonstra intenção real de encerrar o conflito:
“Não há indícios de que estejam a considerar seriamente a paz ou a diplomacia. Pelo contrário, há amplas provas de que estão preparando novas operações ofensivas”, declarou.
Rússia diz trabalhar em memorando de paz
Apesar da escalada, o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros afirmou que está desenvolvendo um memorando com os princípios para um possível tratado de paz. Segundo a porta-voz Maria Zakharova, o documento definiria posições sobre cessar-fogo, cronograma de negociações e fundamentos para um futuro acordo de paz.
O presidente russo Vladimir Putin declarou que o memorando será entregue à Ucrânia assim que estiver finalizado. No entanto, Zelensky afirmou que, até agora, Moscou não apresentou qualquer proposta por escrito, apesar de ter se comprometido a fazê-lo.
Reações internacionais
A nova onda de ataques levou o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, a endurecer sua retórica contra Putin, declarando que o líder russo “ficou absolutamente louco”. A tensão crescente pode dificultar ainda mais qualquer tentativa de retomada efetiva das negociações diplomáticas.