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Leishmaniose tem aumento de contaminação em animais: entenda mais sobre a doença

Tutores de pets deverão ficar em alerta para a segurança de seus “filhinhos”

por Clara Marques

Para falar sobre a doença, o Jornal Terceira Visão convidou a médica veterinária Michelli Casamassa, que explicou um pouco sobre o que é leishmaniose. É uma doença infecciosa causada pela picada do mosquito palha e para saber se seu animal está contaminado é necessário realizar a sorologia e/ou PCR para leishmaniose. A doutora também comentou sobre os sintomas, “Os sinais clínicos são aumento do crescimento das unhas, feridas na pele, febre, palidez na pele e mucosa, falta de apetite, perda de peso, aumento do abdômen”.

Em relação ao aumento de casos, Michelli comenta que houve crescimento por motivo da mudança climática, o mosquito gosta de crescer principalmente em folhagens secas, com temperatura 20° e restos orgânicos, que condiz com o clima da cidade nos últimos meses. A médica falou, também, sobre como ocorre a contaminação e quando tempo demora para manifestar os sinais, “A contaminação ocorre através da picada do mosquito palha, ele pica um cão ou humano infectado e propaga a doença, após a picada leva de duas a três semanas para iniciar a manifestação dos sinais”. Contudo não podemos esquecer que essa doença pode ser transmitida aos seres humanos através da picada do mosquito.

Além disso, “O primeiro passo é o médico veterinário realizar a notificação aos órgãos responsáveis, e dar as opções ao tutor para realizar o tratamento e o uso da coleira repelente ou eutanasiar o animal infectado.”, comenta Michelli. O que muitos não sabem é que a leishmaniose não tem cura, “Temos um tratamento disponível que é com medicamento endoparasiticida, no caso a Miltefosina.”, e o tratamento tem duração de 28 dias, com intervalo de 3 meses, e volta quando o animal tem recidiva da doença, ou seja, quando os sinais aparecem novamente. Por isso é muito importante cuidar bem do seu filhinho peludo.

Porém como é feita a prevenção? Michelli disserta que a prevenção é realizada através do uso de coleiras repelentes, repelentes em pipeta e com a vacinação. “Na minha opinião já que o custo da vacinação e tratamento é alto, e precisa-se inicialmente de 3 doses da vacinação para o animal estar protegido, e reforço anualmente, a distribuição de coleiras, ou pipetas repelentes principalmente em Valinhos seria de grande valia, pois somos uma região endêmica para doença e é uma zoonose, ou seja, a doença pode passar para os seres humanos, levando a óbito.”, alerta a profissional. Por essa razão é sempre importante prestar atenção no seu pet e tomar os cuidados necessários para evitar a contaminação e a transmissão da doença, até porque não é só a vida dos animaizinhos em perigo, as vidas humanas também correm o risco.

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