A mpox, uma zoonose viral, ou seja, doença infecciosa transmitida entre pessoas e animais, recebeu o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana.
A doença é causada pelo vírus MPXV, identificado pela primeira vez em 1958. A “‘varíola dos macacos”, como era então chamada a doença, foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos. Atualmente, além da transmissão por meio dos primatas, a infecção também pode ser transmitida por roedores, como esquilos; ou mamíferos, como o cão doméstico.
A transmissão do vírus MPXV se dá pela exposição. Entre humanos, a transmissão ocorre por contato próximo a fluídos corporais, relações sexuais, gotículas respiratórias ou lesões na pele. Já de animais para os seres-humanos, a contaminação pode se dar por mordidas, arranhões ou consumo de carne.
INCUBAÇÃO
O período de incubação do vírus MPXV (até o aparecimento dos sintomas), é de 5 a 21 dias. No caso da transmissão entre humanos, o vírus se espalha no sistema linfático, afetando as glândulas do corpo que ajudam a combater infecções, os linfonodos.
Na transmissão de animais para os seres-humanos, o vírus se espalha na corrente sanguínea, afetando o baço, as amígdalas e outros órgãos linfáticos.
DOENÇA
O início da doença ocorre de 1 a 5 dias após o período de incubação. Nessa fase, o vírus circula ainda mais no corpo. Alguns órgãos são alvos da infecção, como a córnea (olho), a pele, fígado, sistema digestório, intestinos, rins, ovários, testículos e o cérebro.
SINTOMAS
Alguns dos sintomas da mpox são dor de cabeça; gânglios inchados, que comumente precedem as erupções na pele, que são uma característica da doença; além de dor nas costas; dores no corpo; calafrios; as feridas na pele (erupções cutâneas); febre; e cansaço.
Em comparação com o SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, o MPXV é muito maior e, por isso, não consegue ser disperso no ar e viajar longas distâncias.
(Foto de partículas do vírus da mpox vistas em microscópio eletrônico: NIAID)