

Dia do combate ao trabalho infantil, 12 de junho, conheça os danos dessa prática
No Brasil, muitas crianças são obrigadas a trabalhar ao invés de desfrutar da sua infância. Em 2019, cerca de 1,8 milhão de crianças e adolescentes, com idades entre 5 e 17 anos, estavam nessa situação.
O trabalho infantil abrange todas as atividades econômicas ou de subsistência, com ou sem fins lucrativos, realizadas por pessoas com idade inferior a 16 anos, excluindo a condição de aprendiz a partir dos 14 anos.
Essa prática está relacionada à estrutura social do Brasil. Um grande percentual das vítimas é composto por crianças negras, sendo que as meninas são mais propensas a se envolverem em trabalhos domésticos, enquanto os meninos são forçados a buscar outras ocupações.
As atividades desempenhadas por essas crianças estão na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, que inclui operar tratores e máquinas agrícolas, beneficiar fumo, sisal e cana-de-açúcar, realizar extração e corte de madeira, trabalhar em pedreiras, produzir carvão vegetal, atuar na construção civil, coletar, selecionar e beneficiar lixo, realizar comércio ambulante, trabalho doméstico e transporte de cargas.
A falta de oportunidades de emprego é uma das consequências do trabalho infantil, devido à falta de tempo e poucas oportunidades para os estudos, impedindo que consigam empregos e salários melhores, resultando em uma situação de vulnerabilidade social.
Além disso, as crianças que trabalham na infância são mais propensas a desenvolver problemas de saúde graves. Muitas delas chegam até a perder a vida devido a atividades perigosas. Entre 2007 e 2018, foram registrados 43.777 acidentes de trabalho envolvendo crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos. Nesse mesmo período, 261 crianças perderam a vida enquanto trabalhavam.