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Nyck Capaci fala sobre preconceito e inclusão no Dia Internacional Contra a LGBTfobia

Como homem trans, o jovem enfrenta desafios diários, desde a falta de segurança em público até a falta de compreensão e aceitação de sua identidade de gênero

Por Gabriel Previtale

Nyck Capaci de Souza, um jovem músico de 19 anos, mora na cidade de Valinhos, compartilha sua visão sobre a luta contra a LGBTfobia e os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQ+ na sociedade local.

O entrevistado destaca a importância do Dia Internacional Contra a LGBTfobia (17 de maio) como uma oportunidade crucial para conscientização e reflexão. No entanto, ele ressalta que, muitas vezes, essa data passa despercebida em Valinhos, destacando a necessidade de maior visibilidade e engajamento da comunidade.

Ele enfatiza a necessidade de um ambulatório especializado em questões de gênero em Valinhos, bem como a importância de profissionais de saúde qualificados e inclusivos

Como homem trans, o jovem enfrenta desafios diários, desde a falta de segurança em público até a falta de compreensão e aceitação de sua identidade de gênero por parte de algumas pessoas no município. “Diariamente, não me sinto seguro em andar sozinho, vejo a dificuldade das pessoas que geralmente estão em cargos públicos de associar minha identidade de gênero”, acrescenta. Nyck acredita que a conscientização é fundamental para combater a LGBTfobia em Valinhos (ou em qualquer lugar) e defende a educação como uma poderosa ferramenta para expandir o conhecimento e promover a inclusão.

Nyck pontua também a importância da validação do nome social e pronome correto, expressando sua frustração com a necessidade constante de explicar e justificar sua identidade de gênero. Infelizmente, o jovem compartilha suas experiências de discriminação e violência devido à sua identidade de gênero em Valinhos, principalmente no ambiente de trabalho. “Várias pessoas com uma série de perguntas que me invalidavam, já tive que enfrentar situações no banheiro e mesmo com provas gravadas não me deram ouvidos. Muito pouco se vê pessoas trans empregadas, as vezes que me mantive, sai como culpado por defender a minha existência”, relata.

Embora reconheça alguns esforços da luta contra a LGBTfobia em Valinhos, o músico ressalta que ainda há muito a ser feito para que a cidade se torne um lugar verdadeiramente seguro e inclusivo para a comunidade LGBTQ+. “Há muito o que melhorar, principalmente na saúde, aqui na cidade não há apoio para a transição hormonal pelo SUS, muita falta de informação e negligência médica”, destaca o entrevistado.

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