A leitura de Maquiavel, e uma análise assistida de O Poderoso Chefão, se fossem feitas por pelo menos metade do eleitorado, evitaria, possivelmente, ao menos um bocado de amebas de terno sustentadas por nós em qualquer governo, como o de Valinhos, por exemplo. Em qualquer gestão.
As perspicazes advertências sobre a política feitas em O Príncipe, por exemplo, e cenas do grandioso clássico de Coppola muniriam mentes que têm pelo menos dois neurônios para não cair em falácias lavadas que só funcionam justamente pela pobreza intelectual e decência moral.
Deus amado, para que servem, senão para delírio de fanáticos, apelos religiosos tão vazios quanto preces oportunistas de quem não tem nada a oferecer senão a convicção de uma ignorância inútil?
Pátria amada, quantas vezes o leitor não escuta, principalmente em ano de eleição, os mesmos e batidos jargões clichês que, cada vez mais sem vergonha, apelam para xenofobia descarada e um bairrismo pacheco?
“Família, nós somos a favor!”. E quem é contra? Filhotes de políticos derrotados, pau mandado de deputado e crias de dinossauros da política usam e abusam das ladainhas acima por traumas psicológicos, não por qualquer razão política plausível.
E se o leitor ainda não entendeu do que se trata, compareça a uma sessão da Câmara, a uma audiência pública e leia atos do Executivo para a tirar as suas próprias conclusões, sem precisar se prestar a suborno ideológico de ninguém.