Nona faixa do primeiro álbum da banda Os Valetes tem clipe debochado abordando as eleições
Por Bruno Marques
Nesta semana que antecede as eleições municipais, há uma música, de uma banda da região de Valinhos/Vinhedo, que trata o assunto com ímpar sagacidade.
Pichadores de Gravata é a nona faixa de Quem Não Joga… Não Ganha!, álbum de estreia da banda Os Valetes, lançado em setembro de 2010. A música foi gravada por Ricardo Laurino (vocal/guitarra), Zeca (baixo), Buli (bateria/percussão).
Na época ainda se pintava muros com propagandas eleitorais. Nomes de candidatos de outrora continuam em velhos concretos que testemunham as ‘pichações’ de outros carnavais, ou melhor, de outras eleições.
Clipe debochado
O vídeo, que tem mais de 1.300 visualizações no canal da banda no Youtube, traz os membros vestidos com gravatas intercalados com imagens em referências à letra. Diversos políticos famosos são lembrados e pichados de forma debochada.
Homenagem na Câmara
“Retrata mazelas da política. São críticas contra políticos que, infelizmente, acabam depreciando a imagem de quem representa corretamente o povo”, declarou o então vereador Rodrigo Paixão, em sessão na Câmara de Vinhedo, durante discurso que elencou a qualidade e a personalidade da banda que recebeu moção de congratulações do parlamentar.
Letra
“Eles vêm de 4 em 4 anos, mas não são Copa do Mundo
Porque eles não marcam gol e deixam o país imundo
Colocam as caras nos postes e ainda vêm me dar a mão
Fazem mil promessas, fingem ser amigos do povão
Pichou meu muro e ainda pediu pra nele eu votar
Mas eu não voto em pichadores, muito menos de gravata
Eles vêm de 4 em 4 anos, mas não são Jogos Olímpicos
O único esporte deles é falar como maníacos
Não acredite no homem de terno e bigode
Porque ele mente e promete mais que o cabeça de bode
Perdem o amigo, mas não perdem a roubada
Primeiro pedem votos, depois te deixam sem nada
Usam rolo, usam tinta, usam até spray
Mas eles não andam comigo, são da turma do Sarney
Crimes políticos começam em B.O.
E acabam em mais um Carnaval
Malditos ladrões de paletó
São a vergonha nacional, a vergonha nacional”