Durante a Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro foi apreendido. Bolsonaro, junto com outros membros de seu governo, está sob investigação por suspeita de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado. O passaporte foi entregue às autoridades antes do prazo estipulado, segundo afirmou o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten.
A operação foi desencadeada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, colaborar com as autoridades. Ele teria fornecido informações que implicam Bolsonaro na elaboração de um decreto destinado a facilitar a execução do golpe. Além disso, reuniões entre Bolsonaro e militares de alta patente foram destacadas nas investigações como parte do plano.
Um dos pontos-chave das investigações é uma reunião realizada em julho de 2022, na qual Bolsonaro teria instigado seus colaboradores a disseminar informações falsas sobre supostas fraudes eleitorais. Um vídeo desse encontro foi encontrado em um dos computadores de Mauro Cid.
A entrega do passaporte é apenas um desdobramento dessa complexa investigação, que continua a envolver outros membros proeminentes do governo anterior e levanta questões sobre a estabilidade democrática do país.