Na reta final da luta contra o rebaixamento, a Ponte Preta enfrentou o Ituano e o resultado, um empate sem gols, espelha a situação crítica de ambos na Série B do Brasileiro. Evidentemente, o maior fardo recai sobre a Macaca, pois já viveu apresentações bem piores e, na última segunda-feira, no Majestoso, revelou o máximo que, no momento, pode oferecer para evitar a queda. O time se entrega, mas tem poucas cartas na manga.
A expectativa de ver algo substancialmente diferente do que foi exibido ao longo dos 33 jogos até agora é quase nula. Afinal, João Brigatti assumiu apenas recentemente, quando a competição já estava em sua reta final, e não teve a chance de fazer uma mudança significativa no desempenho.
Além disso, é notável que, neste ponto do campeonato, a Ponte ainda esteja introduzindo estreantes na equipe, com duas estreias no confronto contra o Ituano. Isso enfatiza as dificuldades na formação do elenco. Outro problema é a falta de um atacante de referência que possa substituir Jeh, o que tem sido necessário com mais frequência do que os torcedores alvinegros gostariam. Eliel, embora tenha marcado três gols na Série B, possui um estilo diferente e não oferece presença na área quando necessário.
Esse problema ficou evidente quando a Ponte conseguiu criar três oportunidades pela direita no primeiro tempo, mas não teve um jogador na área para concluir os cruzamentos.


Com várias mudanças na escalação, seja por força de desfalques ou opções táticas, a Ponte entrou em campo com cinco alterações. No entanto, mesmo com alguns momentos mais promissores, a qualidade para converter as oportunidades em gols não estava presente, deixando a equipe frustrada.
Ao longo do segundo tempo, a Ponte não conseguiu manter o mesmo nível de atuação, à medida que o nervosismo e as limitações técnicas do time ficaram mais evidentes. As substituições também não ajudaram a elevar o desempenho, mais uma vez mostrando as carências do elenco e erros na formação do time.
No final, a realidade da Ponte é uma luta dramática contra o rebaixamento, com apenas dois pontos de vantagem e 15 pontos ainda em jogo. O sofrimento é inegável, agravado pelas questões extracampo, como salários atrasados, e pela falta de soluções dentro das quatro linhas. Com base no cenário atual, é difícil imaginar que a Ponte possa escapar do rebaixamento por méritos próprios nas próximas cinco partidas. Resta esperar que a entrega vista em campo seja suficiente.