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Psicólogo da Casa da Criança alerta pais sobre riscos da tecnologia na proteção de crianças e adolescentes

Avanço das inteligências artificiais (IA) traz novos riscos que precisam estar no radar dos responsáveis

Gabriel Sousa Vieira, psicólogo do Acolhimento da Casa da Criança de Valinhos, lançou um alerta importante sobre a necessidade de os pais e responsáveis adaptarem seus cuidados às novas tecnologias. Em seu artigo, Vieira enfatiza que, embora essas ferramentas facilitem a vida cotidiana, elas também podem ser usadas para atividades criminosas.

Vivemos em uma era de conectividade permanente, onde crianças e adolescentes já nascem inseridos no mundo digital. Os cuidados parentais devem ir além do controle do tempo de uso de telas, abrangendo também a vigilância sobre com quem as crianças se comunicam online, seja em redes sociais ou jogos eletrônicos.

Um exemplo preocupante é o uso de IA para criar falsos conteúdos de nudez, conhecidos como “deepnudes”

O avanço das inteligências artificiais (IA) traz novos riscos que precisam estar no radar dos responsáveis. Essas tecnologias são capazes de criar textos, imagens e vídeos que se assemelham à realidade. Embora úteis em muitas áreas, essas ferramentas apresentam sérios problemas, especialmente entre os jovens. Um exemplo preocupante é o uso de IA para criar falsos conteúdos de nudez, conhecidos como “deepnudes”. Casos como o ocorrido em uma escola em Porto Alegre, onde 16 adolescentes tiveram falsos nudes criados e compartilhados, ilustram a gravidade do problema.

Para proteger crianças e adolescentes no mundo digital, Gabriel sugere cinco orientações essenciais. Primeiro, é fundamental estabelecer limites claros de tempo de tela, abrangendo lazer, estudos e outras atividades. Segundo, monitorar as interações online, verificando com quem estão se comunicando em redes sociais e jogos, para evitar contatos perigosos ou inadequados. Terceiro, utilizar ferramentas de controle parental, como o Google Family, para acompanhar o histórico de navegação, controlar o tempo de uso dos dispositivos e acessar relatórios de atividades. Quarto, educar continuamente sobre os riscos da exposição nas redes sociais, destacando os perigos de publicar fotos e informações pessoais. Quinto, manter-se atualizado sobre as novas tecnologias de inteligência artificial e os riscos associados, como deepfakes, e ensinar os filhos a usarem essas tecnologias de forma ética e segura.

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