Time de mulheres do Athletico Paranaense é treinado pela experiente Ana Lúcia Gonçalves
Por Bruno Marques
Técnica do Gurias Furacão – time feminino do Athletico Paranaense – desde janeiro, Ana Lúcia Gonçalves é residente de Valinhos há mais de 25 anos. Depois de jogar futebol por 20 anos, se tornou técnica, passando por Corinthians, Guarani, Ponte Preta, Osasco Audax e Palmeiras.
A treinadora do time rubro-negro concedeu uma entrevista ao Jornal Terceira Visão.
Ela é cidadã honorária de Valinhos e disse que gosta tem residência no bastante da tranquilidade da cidade. Experiente, contou que foi assistente na Seleção Brasileira Sub-20 e é instrutora na CBF Academy e que o foco principal frente à equipe paranaense é voltar à divisão principal do futebol feminino nacional.
Quais os principais pontos da sua carreira até o momento?
Transformar vidas através da educação e esporte. Busco os estudos e me atualizo constantemente. Tive algumas propostas no final do ano passado para assumir algumas equipes. E a minha escolha foi pelo Athletico Paranaense.
O que levou você a escolher a carreira de treinadora e qual a diferença substancial entre treinar o futebol feminino e masculino?
Sou uma das pioneiras do Futebol Feminino, após a liberação da modalidade em 1983. Já existiam muitas dificuldades. Decidi então cursar faculdade de Educação Física. Executava duas funções: atleta e treinadora. Chegando a Valinhos em 1997, já assumi todas as categorias do Futsal Feminino.
A diferença substancial é gigante em todos os aspectos, mas uma delas é dificuldade em iniciação e base.
Quais aspectos o futebol feminino ainda busca para se estabelecer com o devido valor no Brasil?
O futebol feminino vem crescendo a cada ano e é uma realidade. Temos atletas com carteira profissional, temos clubes com condições de trabalho e temos a mídia muito envolvida na modalidade. Acredito que ainda temos muito a evoluir. Estamos no caminho. É um processo.
Você jogou futebol por 20 anos. Como era visto o Futebol feminino nesta época e quais eram os desafios?
Eu era extrema e muito habilidosa. Posso dizer que o feminino nessa época nem era visto. Tinha muito preconceito, muitas barreiras financeiras, mas tivemos ótimas pessoas que sustentaram a modalidade nessa época. Sou muito grata a essas pessoas, pois hoje o Futebol Feminino está crescendo porque lá atrás tivemos esses grandes profissionais.
Como está sendo sua atual campanha no Athletico Paranaense e quais seus objetivos?
Temos uma estrutura excelente, com todos os recursos do CT disponíveis para o Feminino. É um grupo jovem, promissor e com muito potencial. Temos trabalhado bastante para o Athletico voltar à divisão de elite do Brasileiro Feminino.
Qual mensagem pode deixar a meninas e mulheres que desejam jogar bola?
Que acreditem, pois hoje o Futebol Feminino é uma realidade e dificuldades sempre vamos ter em todas as áreas.