A empresa Supermercados Caetano entrou com pedido formal de ação cautelar antecedente de recuperação judicial e declarou uma dívida no valor aproximado de R$ 85 milhões, entre fornecedores, prestadores de serviço, instituições financeiras, aluguéis, tributos, etc.
De acordo com documento anexado ao processo protocolado no último dia 27 de fevereiro, sob o nº 1000341-28.2025.8.26.0650, entre os valores mais expressivos da dívida estão mais de R$ 25 milhões a pagar para fornecedores; cerca de R$ 6,5 milhões para ex-sócios; R$ 7,5 milhões com tributos; e uma dívida bancária acima de R$ 31 milhões.
Além do referido processo, corre em justiça uma ação de despejo, fundamentada na falta de pagamento de aluguéis e encargos locacionais do prédio da unidade da Vila Santana. De acordo com o texto, “apesar de insistentemente cobradas, as Requeridas, deixaram de efetuar o pagamento dos aluguéis vencidos em 10/12/2024, 10/01/2025 e 10/02/2025, perfazendo o débito total o valor de R$ 620.211,36”.
Em meio a boatos, a crise se agravou até resultar em uma situação insustentável, que, de acordo com texto do processo, começou quando “a agressiva expansão da rede em 2021 e 2022, com abertura de duas lojas em menos de 12 meses, resultou em um expressivo aumento do endividamento bancário, tendo em vista que foi obrigada a se socorrer de produtos de financiamento ofertados no mercado”.
Com o prolongamento da crise, “as contas da empresa começaram a colapsar”, sendo observadas “a interrupção do fornecimento de mercadorias e o desaparecimento dos estabelecimentos”, sendo perceptível aos clientes “a redução da variedade de produtos ofertados e a efetiva ausência de diversos produtos nas prateleiras”.
Diante da situação, a empresa ingressou com a ação cautelar antecedente ao pedido de recuperação judicial, com o “objetivo de manutenção de suas operações e a tradição do nome Supermercados Caetano, além do sustento de seus mais de 640 funcionários e suas famílias”.