Todos os grandes bancos comercializam Títulos de Capitalização. Eles não são considerados um produto de investimento, mas às vezes são entendidos como se fossem. Afinal, você coloca um valor mensalmente ou de uma vez só com a intenção de obter um rendimento semelhante à da poupança.
No fim do prazo contratado, seu dinheiro retorna com o rendimento. Quando você adquire um título desse, recebe um ou mais números para com concorrer a sorteios pela Loteria Federal. O detalhe é que somente parte do valor aplicado é realmente corrigido. Por exemplo, num título de R$ 100 mensais, apenas uns R$ 80 vai para a reserva. Os outros R$ 20 é a taxa de administração da instituição e também o valor que é direcionado para os sorteios.
Esse percentual pode mudar de banco para banco e variar conforme o prazo do título. O principal atrativo desse tipo de produto não é o rendimento obtido mensalmente e sim a possibilidade de ser sorteado e receber uma bolada. Acaba sendo uma alternativa para aquelas pessoas que gostam de fazer aquela aposta nas lotéricas. Pelo menos o valor retorna para o seu bolso.
Só o fato de ter um rendimento próximo da poupança já é um motivo para não ser recomendável colocar grandes volumes de recursos nesses títulos de capitalização. A grande desvantagem é que se você quiser resgatar antes do prazo final, só vai receber o valor da reserva com a correção pelo prazo, ou seja, vai pagar a taxa de administração e o sorteio para não concorrer pelo prazo todo.
Apesar das desvantagens, acredito que um título de capitalização seja um instrumento financeiro viável para pequenos recursos com o objetivo de concorrer a prêmios e somente para quem já tem outras prioridades bem resolvidas, como ter uma boa reserva financeira de emergência aplicada em bons produtos, um planejamento financeiro bem estruturado de rendimento mensal e de aposentadoria.