Canção destaca um indivíduo livre que encontrou a paixão e é contra o preconceito
Por Rafaela Duarte
Lulu Santos é um dos artistas mais completos e bem-sucedidos da música popular brasileira. Ele iniciou sua carreira no final dos anos 70, mas somente na década de 80 atingiu o auge do sucesso com hits como “Tempos Modernos”, “O Último Romântico”, “Como uma Onda” e “Toda Forma de Amor”. Lulu marcou diversas gerações com suas canções.
Um hit atemporal do artista, com certeza é “Toda Forma de Amor”, que também é o nome de seu sexto álbum. Uma curiosidade sobre este disco é que sua capa original continha o casal Barbie e Ken sem roupa, em uma cama, porém foi censurado e substituído pela atual, uma capa preta, somente com o título.
A canção que dá o nome a este álbum conta a história de uma pessoa desimpedida e com o único desejo de aproveitar a vida e os instantes que vivencia. Isso fica claro no trecho: “Eu não pedi pra nascer, eu não nasci pra perder”. Porém, apesar de animado e livre, ele também se sente julgado, como se quisessem encaixá-lo em padrões: “Às vezes eu me sinto uma mola encolhida”.
No decorrer da canção, o personagem direciona seus sentimentos por outra pessoa, e diz se identificar com ela, por também ser livre e gostar de viver: “Você é bem como eu, conhece o que é ser assim”. É visível que existe uma paixão, pois o eu-lírico demonstra certa troca de posse: “Eu sou teu homem, você é minha mulher”. Outra curiosidade é que Lulu Santos adaptou esta letra, por considerá-la um pouco ultrapassada, e passou a cantar nos shows: “Eu sou teu homem, me diz você quem tu és”.
A música continua mostrando a relação deste casal que parece ser ótima, pois se dão bem e lutam para que o relacionamento dê certo. Também é notório que os dois não possuem preconceitos: “Consideramos justa toda forma de amor”. Essa obra traz à tona que todos são capazes de encontrar um sentimento que seja verdadeiro, com trocas de ambas as partes e que, independentemente de qual seja, ele é correto e merece ser respeitado.