País enfrenta temperaturas acima de 40 °C e entra em alerta máximo em várias regiões


A forte onda de calor que atinge a Europa provocou o fechamento temporário do topo da Torre Eiffel, um dos principais pontos turísticos da França. A medida foi tomada em Paris no fim da tarde desta segunda-feira (30), com previsão de reabertura na quarta-feira (2), devido às temperaturas extremas previstas para os próximos dias.
De acordo com os operadores do monumento, o objetivo é evitar a exposição do público ao calor intenso, que pode ultrapassar os 41 °C. O acesso aos dois primeiros andares permanece liberado, mas os visitantes foram orientados a evitar o sol direto e manter-se hidratados. Há bebedouros disponíveis nas áreas acessíveis ao público.
Alerta de calor extremo em 16 regiões
A Meteo France, agência meteorológica nacional, emitiu alerta máximo de calor extremo para 16 departamentos do país. A previsão é de temperaturas mínimas entre 20 °C e 24 °C, com máximas variando de 36 °C a 40 °C — e picos que podem chegar aos 41 °C nesta terça-feira (1).
Com a escalada das temperaturas, o governo francês também adotou medidas ambientais emergenciais, como a proibição do tráfego de veículos altamente poluentes e a imposição de restrições de velocidade para evitar superaquecimento dos automóveis.
Escolas e saúde pública em alerta
O ministro da Saúde da França, Yannick Neuder, recomendou que a população reforce os cuidados com idosos, crianças e pessoas com deficiência, considerados os grupos mais vulneráveis ao calor extremo. Ele também pediu solidariedade entre vizinhos durante os períodos mais críticos do dia.
A previsão é de que mais de 1.300 escolas fechem parcial ou totalmente por conta do calor, quase o dobro do número registrado na segunda-feira (30). Professores e estudantes relataram condições insalubres, com salas sem ventilação adequada.
Especialistas em clima, como Akshay Deoras, do Centro Nacional de Ciências Atmosféricas do Reino Unido, alertam que ondas de calor são eventos meteorológicos perigosos e potencialmente letais, devendo ser tratadas com a mesma seriedade que tempestades e furacões.