Unicamp inaugura Núcleo do Sono para pesquisa e diagnóstico de distúrbios

Centro especializado vai estudar distúrbios do sono e espera credenciamento para atender pelo SUS

A Unicamp inaugurou o Núcleo do Sono, localizado no Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem com distúrbios do sono. Além de atender a essa demanda, o espaço também será utilizado para pesquisas científicas sobre o tema.

O Núcleo realiza avaliações por meio do exame de polissonografia tipo 1, essencial para diagnosticar distúrbios como a apneia obstrutiva do sono. Durante o exame, sensores são fixados no couro cabeludo e no corpo do paciente para monitorar parâmetros biológicos ao longo da noite. A análise detalhada das fases do sono permite identificar padrões, diferenciando os estágios superficial, profundo e REM, que é crucial para a consolidação da memória.

Atualmente, exames de polissonografia estão disponíveis apenas em clínicas particulares. A expectativa é que, em breve, o Núcleo passe a atender pacientes do SUS, ampliando o acesso da população a esse tipo de diagnóstico. O credenciamento para o atendimento ainda está em processo e aguarda aprovação da Secretaria de Estado da Saúde, que não estipulou um prazo para a implementação.

A qualidade do sono influencia diretamente diversas funções do organismo, como memória, humor, imunidade e metabolismo. Noites mal dormidas podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares e comprometer a concentração. Para que um sono seja considerado de boa qualidade, especialistas destacam três critérios fundamentais: duração adequada conforme a faixa etária, continuidade sem fragmentações e regularidade nos horários de descanso.

Atualmente, há mais de 80 distúrbios do sono reconhecidos, sendo a insônia uma das mais frequentes, afetando de 20% a 30% da população mundial. Além disso, problemas como ronco e apneia também são comuns, podendo atingir até 30% das pessoas em algumas populações. O Núcleo do Sono da Unicamp busca contribuir para o diagnóstico e tratamento dessas condições, além de formar especialistas capacitados para atuar na área e reduzir a fila de espera por exames e atendimento adequado.

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