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Único secretário a permanecer no mesmo cargo desde o início da atual gestão faz balanço das ações na Pasta

Entrevistado pela ocasião de sua permanência há mais de três anos, Ricardo do Vale enumerou avanços culturais promovidos em Valinhos

Por Bruno Marques

Vontade política é um termo bastante usado na relação de governantes, postulantes e população. Geralmente é usado para expressar que além de meios e recursos para alguma realização, é preciso ‘querer fazer’, e, assim, organizar e articular envolvidos para um bem em comum.

Nomeado secretário de Cultura em 2021, tendo já atuado como diretor da pasta em 2017 e 2018, Ricardo do Vale é o único secretário da atual gestão municipal que permanece no mesmo cargo desde o início. Com habituais trocas, o JTV o entrevistou para um balanço de realizações nesses mais de três anos.

A que você credita ser o único secretário que está na mesma Pasta desde o início da atual gestão?

A prefeita Lucimara valoriza o que é bem executado e a Secretaria de Cultura tem realizado entregas importantes à cidade. Por isso, acredito que seja pela meritocracia de toda a equipe da Secretaria da Cultura. Deixo meu agradecimento à nossa prefeita Lucimara pela confiança. 

Quais as cinco principais implementações que considera ter feito à frente da Secretaria de Cultura?

Nos últimos três anos realizamos inúmeras ações. Mas, entre as principais, não poderia deixar de falar sobre o novo modelo que passamos a adotar para a Festa do Figo e Expogoiaba. Criamos um novo formato, que valoriza o maior evento da cidade e que enaltece os agricultores de Valinhos, que são as verdadeiras estrelas da festividade. É um novo modelo que faz com que todos se sintam numa festa desde o momento que entram pela portaria do Parque Municipal, seja para prestigiar os grandes shows, os artistas locais ou para aproveitar a variedade de lazer e gastronomia.

Outra ação que destaco é o Edital dos Artistas, que possibilitou à Prefeitura remunerar todos os que se apresentam pela Secretaria de Cultura, tornando o procedimento mais amplo, democrático e profissional.

Também destaco a revitalização da Estação Museu Haroldo Pazinatto, que antes era um espaço que estava abandonado. Revitalizamos o local, que agora recebe manutenção para conservação. Afinal, não basta revitalizar e depois deixar de lado, há que se cuidar de forma permanente. A Estação Museu, inclusive, transformou-se num espaço de vida cultural. Temos ocupado aquela área com atividades diversas, pois levamos até lá exposições, eventos e música, incluindo o ‘Valinhos Artesanal’ e as apresentações do ‘Samba da Tia Rê’. Também temos levado a história de Valinhos aos estudantes, que podem visitar o espaço por meio do Projeto Museu Escola. Deixo aqui meu agradecimento à Associação de Preservação Histórica de Valinhos (APHV), que desde o início acompanha o nosso trabalho.

O Edital de Oficineiros também merece destaque e nos permitiu a descentralização da cultura em Valinhos, porque passamos a levar projetos aos bairros e mais atividades culturais para perto das pessoas.

O Teatro Darci Rossi foi outra conquista. Transformamos um espaço que antes era muito mal utilizado em um teatro apto e preparado para receber produções diversas, para atender melhor as atividades da Secretaria de Cultura e também da pasta de Educação, assim como das academias e escolas da cidade.

Quais os retornos que a população tem dado em relação à Cultura na cidade e o que os valinhenses têm elogiado mais?

Recebemos muitos elogios pela revitalização da Estação Museu Haroldo Pazinatto e por todas as atividades que passaram a ser oferecidas lá. A devolutiva da população também tem sido muito positiva em relação ao ‘Arte na Praça’, que é uma linda feira de artesanato que criamos na gestão da prefeita Lucimara e que ocupa todos os domingos a Praça Washington Luís. Essa atividade, inclusive, tem reunido muitos moradores, que podem ir até lá semanalmente conferir e adquirir peças de artesanato diversas e se divertir com música e eventos que agregamos à proposta semanalmente. Valorizar os artistas locais é uma ótima opção de levar cultura e lazer às famílias de Valinhos.

E, também, a mudança do formato da Festa do Figo e Expogoiaba. O sucesso do novo modelo é motivo de elogios dos valinhenses, dos agricultores e turistas, colocando nossa cidade de volta no mapa turístico e cultural do Estado de São Paulo. E quero agradecer à Associação dos Agricultores, assim como todas as secretarias envolvidas e aos artistas, que acreditam neste projeto.

Você é da área de teatro, quais as expectativas para a encenação da Paixão de Cristo para este ano?

Tive a oportunidade de dirigir duas edições da Paixão de Cristo, em parceria com professor Vanderlei. Agora, enquanto secretário, juntamente com o professor Luciano na direção geral, efetuamos algumas mudanças na encenação, fazendo tudo ao vivo e com banda.

A expectativa no ano passado já era positiva e para esse ano não é diferente. É um evento que envolve toda a secretaria e, principalmente, os voluntários que participam. Tenho certeza que será emocionante e novamente um sucesso.

Além de diretor teatral e roteirista, você também é produtor musical. Especificamente na área da música, quais foram os principais avanços no cenário de Valinhos na atual gestão?

“Ainda vou transformar a ‘Tenda do Rock’ no ‘Templo do Rock’, podem esperar que isso vai acontecer”, almejou o secretário, que também é cantor

O Edital de Artistas proporcionou que contratássemos, no decorrer dos três anos, mais de 200 bandas aqui da cidade. Essa valorização não é apenas permitir aos músicos se apresentarem na Festa do Figo e Expogoiaba, mas levá-los a mais eventos que realizamos em praças, no coreto do Centro, na Estação Museu, nos bairros e no projeto ‘Manhã de Lazer’.

Sou amante da música e valorizo todos os gêneros musicais. Na Festa do Figo e Expogoiaba, por exemplo, há variedade de segmentos. O Palco Frutas recebe e atende diferentes nichos musicais, assim como o Palco Principal recebe sertanejo, piseiro, forró, pagode e muitos outros gêneros.

Ainda falando em Festa do Figo, por dois anos ajudei a cuidar da ‘Tenda do Rock’. Como presidente da festividade, havia necessidade de ter uma mudança neste espaço. Por isso, tornamos a tenda uma atração mais robusta e que tem conquistado o público, em um espaço muito maior do que antes. Isso tudo nos ajuda a respeitar todos os gêneros musicais. Aliás, ainda vou transformar a ‘Tenda do Rock’ no ‘Templo do Rock’, podem esperar que isso vai acontecer.

Por fim, o que ainda falta fazer? Há outros planos culturais para a cidade a curto e médio prazo? Se sim, quais e quando podem ser implementados?

Sou uma pessoa inquieta e que quer sempre fazer mais. Para mim, sempre vai ter algo a mais e novo a se criar, tal como acontece na Secretaria de Cultura. Mas ao mesmo tempo que a inovação é bem-vinda, também é importante preservar os ganhos, as conquistas que tivemos.

Saímos do zero para chegarmos onde estamos hoje. Então persistiremos no fortalecimento do papel do artista na cidade, formando novos, preservando o que foi feito e os trabalhos realizados. Contudo, também implementaremos novidades já neste ano. Ao fim de maio e início de junho, Valinhos receberá o seu 1º Festival Internacional de Dança.

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