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Sistemas fotovoltaicos crescem em cenário tecnológico

Os avanços tecnológicos na área de semicondutores e o aumento da produção de células solares ajudaram os sistemas fotovoltaicos a ganharem mercado no Brasil ao longo das últimas décadas. Ao menos é o que identificou um estudo infográfico apresentado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

De acordo com o levantamento, hoje, 11,6% da energia consumida no Brasil é fruto de usinas fotovoltaicas. O que deixa esse tipo de usina como a segunda mais expressiva na matriz energética do país. Anualmente, este mercado movimenta R$ 39,4 bilhões em tributos e ainda mantém cerca de 750 mil postos fixos de empregos.

O estudo da ABSOLAR ainda aponta que Minas Gerais é o estado que mais consome energia solar no Brasil, superando até mesmo São Paulo. Os mineiros consomem 2.390,8 MW por mês, cerca de 13,9% da produção nacional total. Na outra ponta aparece Roraima, com apenas 0,1% de aproveitamento nacional desta modalidade de energia.

Head de infraestrutura e sócio da Projelet, o engenheiro eletricista com ênfase em eletrônica, Magno Costa, explica o que são esses sistemas. “O sistema fotovoltaico é um conjunto de dispositivos de geração de energia através de conversão da luz em energia elétrica, sendo uma fonte renovável e limpa. Hoje ela vem para complementar a matriz de geração de energia elétrica”.

O especialista ainda acrescenta que existem dois tipos de usinas mais comuns, aquelas conectadas à rede pública (on grid), e também as isoladas (off grid). “A principal diferença entre elas é que a on grid, a energia gerada durante o dia, quando não consumida no momento da geração, é injetada na rede pública e acumula créditos na concessionária para consumo posterior, quando a usina não está produzindo. As usinas off grid armazenam o excedente da geração durante o dia em baterias para consumo durante a noite”, explica.

Além das pautas da tecnologia e sustentabilidade, os sistemas fotovoltaicos também trazem a pauta da economia. Conforme o ABSOLAR, a adoção do mecanismo pode trazer claros benefícios ao usuário investidor. O cálculo do valor unitário de energia mostra que, em geral, a produzida é mais barata que o praticado pela concessionária local. Ou seja, o produtor está economizando toda vez que consumir a energia que seu sistema produz.

“Para consumidores individuais, a energia gerada na usina fotovoltaica pode abater até 90% da sua conta com energia, quando instalado e conectado à rede pública”, alerta o engenheiro e sócio da Projelet que ainda acrescenta sobre a dinâmica para o cálculo de produção do sistema. “Para a instalação, deve ser feito um bom estudo sobre as necessidades do cliente, as características do local onde será instalado e uma boa interface com as instalações elétricas que vão receber a energia gerada”, salienta.

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