Doença granulomatosa crônica é uma imunodeficiência primária incomum
Isaac nasceu em 9 de maio deste ano. Ele é filho de Dalvana de Fátima Penasco e Weliton Rodrigo de Oliveira. Com dois meses, o recém-nascido começou a ter quadros infecciosos na boca. Desesperada, a mãe o levou três vezes na UPA em uma semana, e no posto de saúde, mas, segundo ela, ninguém sabia ao certo o que ele tinha.
“Diziam ser ‘sapinho’, até chegaram a falar em herpes, mas mesmo tomando os remédios ele não sarava”, contou Dalvana. “Então a Dra. Izabele, que atende no postinho do Maracanã, e a Dra. Camila, orientaram a gente a levar na Unicamp. Fomos no dia 13 de julho. Ele estava com feridas na boca e febre. Lá ficamos 30 dias internados. Ele fez um monte de exames. Dava normal. Até que a equipe de pediatria acionou a equipe de imunologia”, relatou.
DGC, doença incomum que atinge 1 em cada 250 mil
A mãe do bebê disse que abscessos se formaram nos dois lados do pescoço do recém-nascido. Foi feita uma biopsia no lado direito e, segundo a mãe, chegaram até a falar que era um tumor. Mas era uma bactéria conhecida que se dá por conta de uma doença.
Trata-se da DGC – Doença granulomatosa crônica. É uma doença imunodeficiência primária incomum, pois afeta cerca de 1 em cada 250 mil nascidos vivos. Ela é causada por um defeito na produção de intermediários no metabolismo do oxigênio nos fagócitos que interferem na sua capacidade de destruir micro-organismos catalases positivos e intracelulares.
Depois de 30 dias de intenso tratamento, o bebê precisou tomar antibióticos na veia. Isaac recebeu alta, porém com delicadas recomendações. “Ele já está inscrito no Rereme – Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea – e foi colhido sangue para o genoma, um exame caríssimo que o SUS cobriu”, contou Dalvana.
Agora o bebê precisa do transplante para cura da doença DGC. Como ninguém da família foi 100% compatível, a família está fazendo uma campanha pedindo para que as pessoas doem medula óssea.
Para doar
É preciso ter entre 18 e 35 anos e estar bem de saúde. Deve-se procurar o hemocentro da Unicamp ou qualquer lugar que receba doação de medula óssea. A doação é de apenas 5ml de sangue.
Mais informações com Dalvana: 19 9 9186-6932.