A diferença entre os tratamentos clínico, endoscópico ou cirúrgico para a obesidade

A obesidade é uma doença crônica e sem cura, mas que possui tratamento. O paciente obeso, no entanto, precisa de tratamento por toda a vida para que, em caso de emagrecimento, não volte a engordar. Basicamente, os tratamentos para a obesidade são divididos em três categorias: clínico, endoscópico e cirúrgico. Em todos eles, o sucesso está totalmente ligado ao comprometimento do paciente, que deverá mudar hábitos alimentares e adotar uma rotina de atividade física.

O tratamento clínico costuma ser o mais comum e o que paciente procura primeiro. Ele deve ser conduzido por um endocrinologista, com acompanhamento de uma nutricionista. Este tipo de tratamento envolve mudanças alimentares, prática de exercícios e, se for o caso, uso de medicamentos.

Pacientes que já tentaram o tratamento clínico por mais de dois anos e não obtiveram sucesso nos resultados podem ser candidatos à cirurgia bariátrica. Mas, neste caso, além de comprovar o insucesso do tratamento clínico, devem ter IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 35, com a presença de comorbidades (doenças causadas pela obesidade), ou acima de 40, sem a necessidade de comprovar comorbidades. Só assim ele é considerado elegível para a cirurgia bariátrica. 

Entre os tratamentos clínico e o cirúrgico, nós temos os tratamentos endoscópicos. Eles são uma opção intermediária para o paciente que não teve sucesso com o tratamento clínico, mas não quer – ou não tem indicação – para uma cirurgia bariátrica. Entre os tratamentos endoscópicos mais comuns, estão o balão intragástrico e a endossutura gástrica.

O balão costuma ser indicado para pacientes com sobrepeso ou obesidade grau 1, mas também pode ser utilizado em pacientes com obesidade mórbida, que precisam emagrecer antes da cirurgia bariátrica. Feito de silicone, ele é colocado no estômago do paciente, onde é enchido com soro fisiológico e azul de metileno, promovendo uma sensação de saciedade precoce porque ajuda a distender o fundo do estômago, que manda um reflexo para o hipotálamo, região do cérebro que controla a sensação de fome e saciedade. O emagrecimento com o balão varia de 10% a 20% do peso inicial da pessoa.

Indicada para pacientes com obesidade grau 1, a endossutura gástrica é uma redução de estômago por endoscopia, sem qualquer corte na parede abdominal. O estômago chega a ficar 60% menor e o paciente elimina de 15% a 20% do peso inicial. Neste procedimento, é acoplado um aparelho à ponta do endoscópio, com o qual são feitas “pregas” no estômago do paciente para diminuir o seu tamanho. Como a capacidade gástrica do estômago é reduzida, o paciente tem uma saciedade precoce, levando à perda de peso.

Independentemente do melhor tratamento para o seu caso, é fundamental combater a obesidade.

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