Dia 8 de março comemorou-se o Dia Internacional da Mulher, que se tornou uma ocasião para celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia.
O “Dia Internacional das Mulheres” teve origem no movimento operário, cujas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova Iorque exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Essas mulheres pleiteavam redução na carga diária de trabalho para dez horas, visto que as fábricas exigiam delas 16 horas de trabalho diário; equiparação de salário com os homens, uma vez que as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem para executar o mesmo tipo de trabalho; e, tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres. Ela defendeu essa ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. Havia 100 mulheres, de 17 países, presentes, e elas concordaram com a sua sugestão por unanimidade. A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado em 2011.
Entretanto, o Dia Internacional das Mulheres só foi reconhecido mundialmente em 1975, quando a ONU, a Organização das Nações Unidas, oficializou a data. As raízes políticas dessa comemoração ainda replicam em greves e protestos, organizados notadamente em países de terceiro mundo, numa tentativa de aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.
Mas não pretendo com esta despretensiosa crônica falar apenas sobre essa data, mas também e, principalmente, discorrer, da forma a mais respeitosa e reverente, sobre a homenageada e protagonista deste dia a ela tão merecidamente dedicado: a mulher!
A mulher que é nossa mãe, nossa filha, nossa esposa. Mas também aquela que é nossa vizinha, nossa companheira de trabalho, nossa sobrinha, nossa cunhada.
Falar do respeito que tributamos à mulher do passado, que é nossa mãe!…
Dizer da afeição que dedicamos à mulher do presente, que é nossa esposa!…
Afirmar nossa confiança na mulher do futuro, que é nossa filha!
A mulher, no dizer de Victor Hugo: “é o mais sublime dos ideais. E se Deus fez para o homem um trono… para a mulher fez um altar. O trono exalta… o altar santifica.
O homem é forte pela razão… a mulher, invencível pelas lágrimas. A razão convence… as lágrimas, comovem.
O homem é a águia que voa… a mulher, o pássaro que canta. Voar é dominar o espaço… cantar é conquistar a alma.
O homem é capaz de todos os heroísmos… a mulher, de todos os sacrifícios. O heroísmo enobrece, o sacrifício santifica.
O homem é o gênio… a mulher, o anjo. O gênio é incomensurável, e o anjo indefinível.
O homem é o templo… a mulher, o sacrário. Ante o templo nos descobrimos, ante o sacrário nos ajoelhamos.
Enfim… o homem está colocado onde termina a Terra, a mulher, onde começa o Céu.”