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Adriana Simões fala sobre o impacto e desafios do trabalho social na Casa da Criança

“Nunca deixo de me indignar. Isso me motiva a continuar buscando uma sociedade justa para todos”, comenta a assistente social

Adriana Simões, assistente social com 16 anos de experiência na Casa da Criança em Valinhos, compartilha um pouco sobre seu papel crucial e os desafios enfrentados no trabalho diário para proteger e promover o bem-estar infantil. Corroborando também para as pautas do Maio Laranja, no combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Adriana descreve o papel do assistente social na Casa da Criança como fundamental para a defesa de direitos e a promoção de uma vida digna para todos. “Este profissional estuda a realidade social, onde o sujeito está inserido, atuando na defesa de direitos trabalhando para que todo cidadão tenha acesso aos direitos sociais alcançando condição plena e satisfatória de vida,” afirma. Com mais de 30 anos de atuação, a instituição se dedica à comunidade valinhense por meio de três serviços principais, sempre contando com a presença de assistentes sociais.

A escolha pela profissão de assistente social veio do desejo de contribuir para uma sociedade mais justa e solidária

A coordenação do Serviço de Acolhimento Institucional enfrenta obstáculos que vão desde o atendimento direto a crianças e adolescentes até a gestão das relações com suas famílias. “Temos vários desafios que vão desde o atendimento a criança e adolescente propriamente dito, às famílias que muitas vezes são as autoras das situações que motivam o acolhimento, como violência e negligencia, a articulação com a rede de proteção formada por serviços públicos, privados, até a sustentabilidade da Instituição,” relata Adriana.

Ao lidar com crianças em situação de vulnerabilidade, Adriana e sua equipe realizam um processo minucioso de avaliação e intervenção. “Oferecemos escuta, acolhimento, construímos genogramas e realizamos visitas domiciliares para entender o contexto de cada criança. Depois, acionamos a rede de proteção para desenvolver planos individualizados de atendimento,” explica.

A escolha pela profissão de assistente social veio do desejo de contribuir para uma sociedade mais justa e solidária. “Sempre me inquietou as diferenças sociais e quis atuar de forma efetiva para mudar essa realidade,” revela Adriana. Ver crianças e adolescentes felizes, respeitados e reintegrados ao convívio familiar é o aspecto mais gratificante de seu trabalho.

A Casa da Criança adota uma abordagem multidisciplinar, contando com assistentes sociais, psicólogos e pedagogos em três frentes: Serviço de Acolhimento Institucional; Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Serviço de Acolhimento Familiar.

Mesmo com anos de experiência, Adriana ainda se sensibiliza com casos de abuso e negligência. “Nunca deixo de me indignar. Isso me motiva a continuar buscando uma sociedade justa para todos. Pessoalmente, faço terapia para lidar com essas situações,” confessa.

A comunidade de Valinhos é essencial para o trabalho da Casa da Criança. “Há várias formas de ajudar, como ser voluntário, doar serviços ou valores mensais, e participar de programas de incentivo fiscal,” convida Adriana, destacando a solidariedade da comunidade local.

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