Variante Arcturus (XBB.1.16), que acaba de chegar ao Brasil, pode causar surto de conjuntivite
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A variante Arcturus do coronavírus, também chamada de XBB.1.16, que surgiu na Índia em janeiro deste ano e já se alastrou por quarenta países, acaba de ser detectada no Brasil segundo o Ministério da Saúde. O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que embora não seja tão letal como o Ômicrom, sua propagação é mais rápida e os principais sintomas causados no contágio são febre alta, conjuntivite e tosse.
Esta nova onda de Covid pode resultar em um surto de conjuntivite. Isso porque, o Arcturus está chegando ao País justamente em um período de baixa umidade do ar que reduz as defesas do organismo e resseca todas as mucosas, inclusive a lágrima que tem a função de proteger a superfície dos olhos.
A conjuntivite viral é altamente contagiosa, pode surgir em qualquer idade e tem como principal veículo de transmissão levar as mãos contaminadas aos olhos. Os grupos de maior risco são crianças porque estão com o campo imunológico em desenvolvimento, idosos por terem o sistema imunológico mais frágil e mulheres na pós-menopausa devido à menor produção da lágrima com a queda dos estrogênios.
O tratamento inicial é feito com compressas frias e lubrificação intensa. Nos casos graves, colírios anti-inflamatórios que contêm corticoide são os mais indicados. Uma dica é usar óculos escuros que além de melhorar o conforto em ambientes claros, evita a proliferação de vírus intensificada pela exposição à radiação ultravioleta.
Como toda doença viral a conjuntivite tem seus sintomas controlados pelos medicamentos, mas o vírus pode criar resistência. Por isso, há casos em que se formam membranas na conjuntiva que exigem tratamento com corticoide e até aplicação de laser para remover opacidades que reduzem a acuidade visual.