Departamento responsável e Guarda afirmam que estão fazendo seus trabalhos. Mas o problema continua
Por Bruno Marques
A redação do Jornal Terceira Visão recebeu, na última semana, a denúncia de um idoso que se mostrou receoso com a quantidade e modo de agir de algumas pessoas em situação de rua na cidade. Ele disse que ao descer do seu carro, próximo à Prefeitura, foi abordado por uma mulher que pedia dinheiro. O senhor de idade relatou que havia outra mulher lhe “dando cobertura” e que ela o seguiu até uma farmácia.
Outras situações semelhantes são relatadas e observadas por quem convive diariamente na região central de Valinhos. Por isso, o JTV questionou a Assistência Social do município para que houvesse esclarecimento sobre a situação.
Foi perguntado se a Assistência Social tem conhecimento desta demanda de pessoas em situação de rua pedindo esmola, principalmente nas proximidades da rodoviária e Avenida dos Esportes. Foi respondido que a Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social possui política pública de conhecimento geral voltada para a população em situação de rua.
Quantos?
Contudo, não soube dizer quantas pessoas estão nessa condição, aproximadamente: “Não há como afirmar o número de pessoas em situação de rua pela própria volatilidade dos números próprios deste cenário de fragilidade social. Ainda há o dever ético próprio do Serviço Social de sigilo aos seus assistidos”.
A Assistência Social do município afirma que a população em situação de rua tem serviços públicos à disposição como o Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), realizado por assistente social, psicóloga e educador social, que atende com escuta qualificada, busca ativa, mantendo contato permanente com a população em situação de rua, oferecendo também banho e alimentação, além do encaminhamento para outras políticas públicas. Valinhos tem também o abrigo em termo de colaboração com a entidade Reencontro.
Perguntada sobre o caso específico de reclamações de munícipes sobre abordagens, a Assistência Social disse que só se manifesta em relação aos casos devidamente referenciados e obedecendo ao dever ético do sigilo profissional.
“Quando necessário”
A Guarda Civil Municipal (GCM) também foi questionada pelo Jornal Terceira Visão. Perguntada se a corporação tem conhecimento desta demanda de pessoas em situação de rua pedindo esmolas e se é feito algum trabalho preventivo nesse sentido, a GCM respondeu que tem conhecimento. “O trabalho preventivo é desenvolvido com a Secretaria de Assistência Social que, quando necessário, solicitam o apoio da Guarda Civil Municipal. Quando é efetuada a abordagem, o guarda faz contato imediatamente para a Secretaria de Assistência Social para a realização do pré-atendimento”.