Por Thiago Pontes
Você já se viu em situações onde se encontrou atrasado, ou atrasada e teve que “correr” para chegar ao seu destino, para chegar “lá”? Pois bem, é sobre esse ato de correr que iremos refletir hoje, você me acompanha? Ótimo, então vamos lá.
Não sei qual sua visão de mundo, mas me parece que, somos seres inseridos no mundo, indivíduos que não sabemos de onde viemos, não pedimos para nascer, não sabemos para onde iremos e nem sabemos o porquê estamos aqui. Não sei se você aí que está lendo tais indagações tem alguma ou todas as respostas para os questionamentos filosóficos que expus anteriormente. O ponto aqui é: a vida e suas fases. Fases essas que temos em nossa vida; não sei se como sugere o famoso Contrato Social criado por grandes nomes da filosofia como Hobbes, Locke e Rousseau, onde na teoria existe uma igualdade, mas na prática temos o contrário, uma desigualdade vivida por cada indivíduo, enfim, que temos fases em nossa vida isso é um fato inexorável! E não adianta querer pular de fase, ou melhor, não adiante querer pular as fases, como se a vida fosse um jogo e pudessemos chegar logo no final, zera tal jogo, pois tenho a nítida impressão de que o final do jogo seja o final, final da vida!
Na vida me parece que não há como pular as fases, me parece que é necessário enfrentá-las, mas com sabedoria. Parece-me ainda que a vida é uma grande professora e que ela tenta nos ensinar, mas repete as lições até que aprendamos de fato a lição que ela tem a nos ensinar. Quais lições você tem tirado dos últimos desafios pelos quais passou? Quais os aprendizados que você pode extrair dos problemas pelos quais você está passando atualmente? Há quem queira correr, adiantar, pular as fases, as etapas, mas cuidado, pois ao correr as chances de se tropeçar e cair são altíssimas. Não tenha pressa… Esperei por cerca de três anos para ser chamado a fazer um tratamento num grande hospital de renome nacional, ouso dizer que até de renome internacional, vivendo um dia de cada vez, e confesso que havia dias em que as horas não passavam, porém havia dias em que as semanas voavam… Isso remete à percepções, percepções essas individuais, singulares, únicas de cada ser, de casa pessoa.
Nessas horas os consolos são bem vindos, mas “só quem tem o calo no pé sabe onde o sapato aperta”, como diria minha saudosa avó dona Angelina, ou seja: só quem ter a dor, seja ela física ou emocional, é quem a sente, a dor no fundo, bem lá no âmago é solitária. Não pense em desistir, nem se aventure a correr, pois as chances de tropeçar e cair são grandes, não se apresse em encurtar o trajeto da existência, permita-se a aprender com ele, permita-se viver o hoje e ter a consciência tranqüila de que deu seu melhor, mesmo com suas limitações, para que ao deitar na cama com a cabeça no travesseiro você possa se orgulhar de ter vivido mais um dia, dessa fase, fase essa que cabe a você, e só a você interpretá-la como longa ou curta, e dela extrair seus aprendizados. Um grande abraço.