O Brasil enfrenta um momento desafiador no combate à dengue, com mais de 500 mil casos e quase 100 mortes já confirmadas. Diante desse cenário alarmante, é crucial que a população esteja bem informada sobre como se prevenir, reconhecer os sintomas e agora, mais importante ainda, sobre a nova vacina disponível. É por isso que decidi falar sobre este tema na coluna desta semana.
A melhor forma de combater a dengue é prevenir o nascimento dos mosquitos transmissores, e isso requer a colaboração de todos. Medidas simples, como manter a caixa d’água bem fechada, fechar sacos de lixo, colocar areia nos vasos de planta, guardar pneus em locais cobertos, limpar as calhas da casa, evitar acumular sucata e entulho, além de esvaziar garrafas PET, potes e vasos, podem fazer uma grande diferença na redução dos criadouros do Aedes aegypti.
Além da prevenção, é fundamental estar atento aos sintomas da doença, que incluem febre alta e/ou persistente, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça ou atrás dos olhos, diarreia, pressão baixa, náusea, vômitos, agitação ou sonolência, sangramento espontâneo, diminuição da urina e extremidades frias. Ao apresentar alguns desses sintomas, é importante procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequados. Não se automedique!
Neste ano, uma importante novidade surge no combate à dengue: a vacina QDENGA©. O Ministério da Saúde lançou uma campanha de vacinação pelo SUS, priorizando regiões com alta transmissão nos últimos anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes.
É importante ressaltar que a vacinação será direcionada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra um alto número de hospitalizações por dengue. Infelizmente, a vacina não foi liberada para pessoas idosas, outro grupo de risco, devido às restrições da Anvisa.
A prevenção da dengue é uma responsabilidade compartilhada entre a população e o poder público. Se cada um fizer a sua parte, conseguiremos combater o mosquito transmissor e evitar casos da doença, que podem evoluir para formas graves e até mesmo levar à morte.
Resumindo, a conscientização, a prevenção e a vacinação são nossas melhores armas na luta contra a dengue. Juntos, podemos superar esse desafio e proteger nossa comunidade contra essa doença tão perigosa. Eu conto com a sua colaboração para mudarmos esse cenário.