Uma medida eficaz é permitir que o estudante visite sua nova escola antecipadamente, conhecendo o ambiente físico e a equipe pedagógica com quem irá interagir
Após o término do Carnaval, é hora de retornar à rotina habitual, marcando também o fim das férias escolares. Para muitas crianças e adolescentes que permanecem na mesma escola, o retorno às aulas pode ser tranquilo. No entanto, para aqueles que enfrentam mudanças de escola, o reinício pode se mostrar desafiador e estressante.
Geralmente, mudanças repentinas, como transferências de emprego dos pais, tendem a gerar mais estresse do que aquelas previsíveis, como a transição de segmentos na escola. Por isso, é recomendável preparar as crianças com antecedência para lidar melhor com essas mudanças.
Uma medida eficaz é permitir que o estudante visite sua nova escola antecipadamente, conhecendo o ambiente físico e a equipe pedagógica com quem irá interagir. Essa familiarização antecipada proporciona mais segurança e facilita a integração à nova instituição. Além disso, levar o material didático utilizado anteriormente permite que a equipe pedagógica avalie e estabeleça, se necessário, um plano de apoio pedagógico de transição.
O diálogo aberto e genuíno com a criança ou adolescente sobre os medos e preocupações associados às novas situações é essencial. Perguntas simples como “Você se sentiu perdido em algum momento?” ou “Como foi sua primeira impressão dos professores?” podem ajudar a monitorar a adaptação escolar.
É importante que a família esteja preparada para possíveis resistências e tristezas nos primeiros dias, mas é esperado que esses sentimentos diminuam com o tempo. Caso persistam, é fundamental buscar ajuda junto ao setor pedagógico da escola, que geralmente oferece suporte especializado para a integração de novos alunos.
Além disso, a organização dos estudos desempenha um papel crucial na vida escolar, especialmente durante períodos de transição. Tanto a escola quanto os pais devem intervir para garantir uma rotina disciplinada de estudos. É importante compreender que o estudante não conseguirá desenvolver essa disciplina sozinho e que é fundamental uma comunicação clara entre a escola e a família para estabelecer expectativas e apoiar o estudante nesse processo.
Por fim, é crucial estar atento às questões emocionais do aluno, pois a ansiedade e o nervosismo podem prejudicar seu desempenho acadêmico, mesmo que ele tenha uma rotina e organização adequadas. Nesses casos, buscar apoio terapêutico é fundamental para compreender e lidar com as pressões e expectativas associadas à vida escolar.