A cidade enfrenta, neste outono, um consumo acima da média e uma redução de 28,5% nas chuvas em comparação a 2023. A multa prevista é de R$ 663
A Prefeitura de Vinhedo (SP) declarou situação de emergência no abastecimento de água nesta última segunda-feira (20) e formou um comitê para enfrentar a crise hídrica na cidade. Conforme informado pela prefeitura, será implementado um rodízio preventivo de água, detalhando os dias e setores atendidos em cada região.
Os pormenores sobre o rodízio de água ainda não foram divulgados. Em nota, a administração mencionou que a cidade está sem chuvas há quase um mês e enfrenta a maior onda de calor dos últimos 35 anos durante o outono.
Inicialmente válido por 120 dias, o decreto prevê multas para quem desperdiçar água na cidade.
Entre as ações consideradas desperdício estão:
Regar gramados e jardins;
Deixar torneiras abertas ou ligadas;
Lavar calçadas, ruas, varandas, pátios ou quintais;
Lavar veículos (exceto lava jatos);
Encher piscinas.
A multa estipulada no decreto equivale ao preço público da ligação de água, sendo R$ 663,01. Em caso de reincidência, a multa será dobrada.
Comitê contra a crise hídrica
Estabelecido pelo decreto, o comitê tem como objetivo definir uma “série de ações para garantir o abastecimento na cidade”. Entre essas ações estão:
Autorização para o uso de poços, reservatórios e represamentos privados, urbanos ou rurais, para fins de abastecimento e armazenamento de água durante a estiagem.
Contratação de empresas especializadas, aquisição de materiais e serviços, implementação de campanhas de conscientização, realização de obras emergenciais, monitoramento constante dos níveis dos reservatórios, e adoção de medidas de racionamento e controle de consumo.
Suspensão da emissão de diretrizes para novos empreendimentos e das respectivas aprovações de plantas e projetos, inclusive os que já estão em andamento.
A prefeitura encaminhou ao Poder Legislativo um projeto de lei que autoriza a Sanebavi a conceder um desconto de até 20% nas tarifas de água e esgoto para contas que apresentarem uma economia de 30% em relação à média dos últimos seis meses. Este projeto ainda precisa ser aprovado pelos vereadores.