Na data que celebra o dia da profissão, Ana Lucia compartilha um pouco da sua rotina de trabalho e esperanças para o futuro
Por Bruno Marques
Neste último dia 16 de maio foi celebrado o Dia do Gari, importantes trabalhadores que cuidam da limpeza e zeladoria pública, mas não costumam ser devidamente valorizados.
O termo “gari” surgiu em homenagem ao francês Pedro Aleixo Gary, que ficou conhecido por ser o fundador da primeira empresa de coleta de lixo nas ruas do Rio de Janeiro, em 1976.
“Trabalho de maneira prazerosa, com amor”
Ana Lucia Alves de Oliveira tem 48 anos, é de Ilhéus, Bahia, e reside em Valinhos há três. Ela trabalha como gari na empresa Troupe, que presta serviço terceirizado à Prefeitura de Valinhos.
“Estudei até o 1° grau do ensino fundamental. Faço parte do setor de varrição, onde executo meu trabalho de maneira prazerosa, com amor, deixando limpas as ruas onde sou designada”, explicou.
Além de trabalhar das 7h40 às 16h, de segunda a sábado, Ana Lucia ainda varre o cemitério uma vez por mês. Chegando na sua residência, mais trabalho lhe espera: “Moro sozinha, faço tudo sozinha. Trago meu almoço e cuido muito bem da minha casa”.
Calçadas e meio-fio
Diante de tanto serviço, para Ana Lucia, uma dificuldade é trabalhar aos sábados. Ela também afirmou que as pessoas poderiam ajudar os garis deixando os carros mais afastados do meio-fio, e também se cada munícipe varresse sua própria calçada.
Apesar da dura rotina, Ana Lucia não deixa de sonhar: “Meu sonho é ter uma casa própria, talvez sendo contemplada no programa “Minha Casa, Minha Vida”. Também tenho o desejo de abrir um meu próprio negócio, um restaurante”.