Homenagem: Profº de história, Uassyr de Siqueira, fala sobre paixão pela docência

Por Gabriel Previtale

Em homenagem ao Dia do Professor, 15 de outubro, entrevistamos o mestre Uassyr de Siqueira, formado em História pela Unicamp – graduação, mestrado e doutorado, além de um pós-doutorado em Música – dedica-se à educação há anos. Atualmente, leciona nas escolas EMEB Gov. Orestes Quércia, EMEB Vice-Prefeito Antônio Mamoni e EMEB Prefeito Jerônimo Alves Corrêa, onde deixa sua marca não só como professor de História, mas também como formador de cidadãos.

Filho de professores, Uassyr cresceu em um ambiente propício à educação, o que influenciou diretamente sua decisão de seguir o mesmo caminho. “Desenvolvi o gosto pelos estudos, que são fundamentais para a docência. Ser professor também é uma forma de contribuir para a formação cidadã da juventude e para uma sociedade mais justa e igualitária”, conta ele, ao relembrar as razões que o fizeram escolher a profissão.

Para Uassyr, um dos maiores obstáculos que os professores enfrentam é a desvalorização, especialmente salarial. “Vejo colegas trabalhando até 60 horas semanais, acumulando empregos em duas redes para pagar as contas. Isso esgota a capacidade física e mental, e o tempo para estudar e se aperfeiçoar é quase inexistente”, lamenta.

A maior alegria de ensinar, segundo ele, está no reconhecimento e no engajamento dos alunos. “É muito satisfatório perceber o interesse nas aulas, com perguntas pertinentes e o brilho no olhar dos alunos em momentos de descobertas.”

Uassyr enxerga a educação como um fator essencial para o desenvolvimento integral dos alunos, indo além do preparo para o mercado de trabalho. “A educação subsidia a tomada de decisões no cotidiano, não só para o benefício individual, mas também coletivo”, afirma, ressaltando a importância de projetos colaborativos para o futuro da sociedade.

Uassyr faz questão de lembrar que ser professor é um constante recomeço. “Cada turma nova traz um frio na barriga. Estamos sempre aprendendo com os alunos, que são sujeitos de suas próprias histórias, e colecionamos essas experiências em nossas memórias”, relata.

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