Na sexta passada, dia 26, começaram, oficialmente, as tão esperadas Olimpíadas. O maior evento esportivo do mundo está acontecendo em Paris exatamente 100 anos depois da capital francesa sediar os Jogos Olímpicos pela segunda vez. As competições vão até dia 11 de agosto.
De Paris para Valinhos, os pré-candidatos a prefeito e a vereador não são atletas, mas estão correndo atrás não de medalhas, e sim do poder. Desse modo, muitos já estão ou estarão praticando para concorrer ao pódio da eleição municipal. Cada um em diferentes modalidades.
Pleiteantes a cargos do Executivo e Legislativo não usarão colans esportivos como uniforme. Vão de terno, vestido ou roupa social. Não ficarão numa vila olímpica. Estarão abrigados em prédios, condomínios e, durante a campanha, podem até se abrigar em suítes de hotéis.
Eles já correm quase como velocistas atrás de apoios. Alguns vão fazer saques velozes, mas não de tênis, saques bancários mesmo. Outros vão colocar tanto efeito nas suas imagens e discursos que farão mesatenistas ficarem sem graça.
Ainda falando em saques e verbas eleitorais, alguns vão dar pedaladas e nadar de braçada no dinheiro público. Tudo isso sem ninguém subir na rede pra bloquear. Uns vão arriscar lances de dois pontos, outros de três, mas a maioria vai cair de quatro.
Alguns vão dar saltos ornamentais, saltar com vara podendo cair nas cadeiras do poder, ou de cara no chão. Vai ter luta no tatame do plenário, local onde muitos cairão do cavalo. Vários deles vão remar nos córregos poluídos do município e acabar nocauteados na lona.
E na ânsia de atirar e acertar o alvo, um eleitorado que muitas vezes se vende, vão se utilizar de manobras não de skate ou surf, mas de corrupção e deslealdade. É, (e)leitor, será uma maratona, uma marcha atlética com avidez de vitória, mas não necessariamente com ética. Muito menos espírito esportivo.