O número de jovens entre 14 e 24 anos que não trabalham, não estudam nem buscam trabalho aumentou significativamente. Nos três primeiros meses do ano passado, eram 4 milhões de jovens nessa situação; no mesmo período deste ano, esse número subiu para 5,4 milhões.
Esses dados foram apresentados pela Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, durante o evento Empregabilidade Jovem, organizado pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) em São Paulo na última segunda-feira (27).
Para enfrentar esse desafio, o governo federal lançou recentemente o programa Pé-de-Meia. A iniciativa visa manter jovens de baixa renda no ensino médio, oferecendo incentivos financeiros para que concluam essa etapa escolar. O programa prevê pagamentos anuais de R$ 3 mil por beneficiário, podendo alcançar até R$ 9,2 mil ao longo dos três anos do ensino médio, além de um adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último ano.
Outro dado preocupante é a alta informalidade entre os jovens ocupados. Dos 6,3 milhões de jovens que trabalham, 45% estão na informalidade, uma taxa superior à média nacional de 40%, conforme destacou Montagner.
Além disso, o levantamento apontou que 11,6 milhões de jovens estão dedicados exclusivamente aos estudos, enquanto o número de desocupados nessa faixa etária chegou a 3,2 milhões em 2024.
Em contrapartida, houve um aumento no número de aprendizes e estagiários no Brasil. Entre 2022 e 2024, o número de aprendizes cresceu em 100 mil, totalizando 602 mil em abril deste ano, o dobro do registrado em 2011.
No caso dos estágios, o aumento foi de 37% entre 2023 e 2024, com o número de estagiários subindo de 642 mil para 877 mil.