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Os santinhos de quatro em quatro anos e a festa da democracia desigual

Neste domingo, dia 6 de outubro, as cidades brasileiras chegam a mais um pleito municipal. Mesmo com suas inúmeras contradições, as eleições no Brasil são uma festa da democracia, ainda que seja uma festividade elitizada e bastante desigual como reflexo de sua sociedade.

E a história das eleições no país é marcada por várias mudanças. Atualmente, todos os cidadãos com mais de 16 anos podem votar, independentemente de gênero, renda, credo ou outra distinção qualquer. Mas isso nem sempre foi assim.

Antes, no período colonial, os chamados “homens bons” – equivalentes aos autodenominados “gente de bem” de hoje – elegiam as autoridades municipais através do voto.

Durante o período imperial, o voto era censitário, ou seja, excluía a população pobre do processo eleitoral. Mulheres e escravos também não podiam votar durante todo o período.

Na Era Vargas foi criada a Justiça Eleitoral, o que centralizou a organização do processo eleitoral. Também foi no início da Era Vargas que as mulheres conquistaram o direito ao voto, ampliando consideravelmente o direito ao voto no Brasil. Hoje elas são maioria do eleitorado.

Após o golpe militar, durante a ditadura – de 1964 a 1985 – a eleição do presidente passou a ser indireta, feita pelo Colégio Eleitoral. Com a promulgação da Constituição de 1988, o voto passou a ser direto e garantiu o direito ao voto a todos os brasileiros maiores de 16 anos.

Em Valinhos, a briga será acirrada, ainda que extremamente desigual como em muitos lugares do Brasil. As diferenças patrimoniais declaradas entre a coligação mais ‘endinheirada’ e a menos varia em até 90%.

Assim, ‘wind banners’ seguem espalhados por todos os lados e santinhos voam de mão e mão e acabam no chão. Nas festas de eleição, apesar de democráticas, os privilégios são pra bem poucos. Por isso, vote usando a consciência!

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