O universo da tecnologia começa a englobar pessoas cada vez mais jovens. Os celulares, tablets, computadores e televisões são introduzidos desde os primeiros anos de vida das crianças. As consequências negativas desse novo hábito já são presenciadas pela atual geração.
Renata Miranda Lela, psicóloga especialista em infância e adolescência (CRP 06/68519), explica sobre as preocupações desse impacto na vida das crianças. “Percebo uma inserção precoce, com bebês frequentemente expostos a telas, resultando em uma dependência que se desenvolve desde os primeiros anos de vida. Essa imersão digital, mesmo que possua aspectos positivos, está gerando consequências preocupantes cada vez mais cedo”, revelou a profissional.
Muitas crianças estão experimentando impactos negativos desse vício. Sintomas como agitação, dificuldade de concentração, irritação e hiperexcitação são mais comuns. Para diminuir esses aspectos, é importante que as orientações do uso das redes sociais sejam respeitadas, como obedecer ao limite de exposição a tela de cada faixa etária.
A influência das figuras públicas dos meios digitais também deve ser observada. “Muitas vezes, a busca por monetização e apelo ao consumo prevalece sobre a consideração do que é apropriado para crianças. A falta de filtro por parte dos influenciadores, junto com a imaturidade cognitiva das crianças, as torna vulneráveis a mensagens inadequadas, impactando no desenvolvimento emocional e social”, explicou Renata.
Os responsáveis devem estar a frente na supervisão das crianças nesse universo digital. Apesar da resistência por parte das crianças, os limites são necessários. Além disso, são recomendadas ferramentas tecnológicas que bloqueiem conteúdos inadequados e a criação de ambientes virtuais seguros. Os adultos são responsáveis pela segurança online das crianças e devem estar cientes dos riscos associados à exposição constante.
Como conselho direto às crianças, Renata enfatiza a necessidade de desconfiar de tudo visto nas redes sociais e na internet. “Muitas pessoas que estão nas redes sociais não são bacanas. Elas podem usar dos jogos e de outros recursos para fazerem mal. Sempre peça ajuda e orientação antes de passar qualquer informação. Se algo lhe parecer perigoso procure ajuda. A vida não acontece somente nas redes sociais ou jogos, mas também com seus amigos, na natureza, na escola e com sua família”, finalizou a psicóloga.Parte superior do formulário