No primeiro dia do julgamento de Daniel Alves em Barcelona, a audiência foi marcada por considerações iniciais da acusação e defesa, incluindo depoimentos da denunciante, sua prima e amiga que a acompanhavam na boate. O tribunal abriu a sessão às 10h30 (hora local), com defesa e acusação confirmando que não chegaram a um acordo, garantindo que o julgamento seguirá normalmente.
A defesa, representada pela advogada Inés Guardiola, tentou anular o processo, alegando que Daniel Alves foi investigado sem seu conhecimento, prejudicando-o devido à exposição midiática. Guardiola destacou a violação de direitos fundamentais, mencionando a exclusão de um perito particular no exame psicológico da denunciante, e criticou o “julgamento paralelo” na mídia.
A acusação, conduzida pela advogada Ester García López, apresentou documentos que comprovam o afastamento da denunciante do trabalho devido às complicações emocionais decorrentes da suposta violência. López também expôs a denúncia contra a mãe de Daniel Alves, Lúcia Alves, por divulgar fotos da mulher que o acusa nas redes sociais.
Durante a audiência, a denunciante reafirmou o estupro, enquanto sua amiga, que estava presente na noite do ocorrido, emocionou-se ao relatar os eventos. A prima da denunciante corroborou os relatos. A defesa pediu que Daniel Alves se pronuncie apenas no último dia do julgamento.
O funcionário da boate que intermediou o contato entre as mulheres e Daniel Alves relatou procedimentos comuns em situações envolvendo famosos. O porteiro encerrou o primeiro dia de depoimentos, confirmando imagens já divulgadas, onde Daniel Alves passa próximo à denunciante sem dizer nada. O julgamento prosseguirá nos próximos dias.